Já são cinco dias em que a Serra Catarinense amanhece abaixo de zero. Nesta segunda-feira (8), a temperatura de -2,3 graus fez com que a SC-114, que liga Urupema a Rio Rufino, amanhecesse com uma grossa camada de gelo, resultado dos dias consecutivos de frio extremo. Mas foi no fim de semana que o frio bateu recorde na região serrana.

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A temperatura de -9,2 graus foi a mais baixa do Brasil e a menor registrada em Urupema desde que a cidade teve a instalação de uma estação meteorológica, em 2011. 

O fim de semana teve neve em São Joaquim, o sincelo, que é o congelamento do nevoeiro ao tocar nas plantas, deixando tudo branquinho, parecido com a neve. O fenômeno também é raro no Brasil e aconteceu no Morro das Torres, entre Urupema e Rio Rufino. Tudo isso movimentou a economia dos municípios serranos.

Em Urubici, mais de 10 mil pessoas passaram pela cidade no fim de semana, segundo a Secretaria Municipal de Turismo. Em Urupema teve congestionamento para subir até o Morro das Torres, nos restaurantes da cidade filas se formaram. Em São Joaquim o fluxo de visitantes também foi intenso, turistas passaram a madrugada no centro para tentar registrar a neve, no último sábado (06).

O clima também ajudou a fruticultura e trouxe um alívio para os produtores. As macieiras estão em período de dormência e precisam de frio para se desenvolver e gerar as frutas. Entre os meses de junho e julho os pomares tinham atingido apenas 100 horas de frio, no ano passado, nesse mesmo período a quantidade já passava de 300 horas.

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