A expectativa da prefeitura de Lages era receber pelo menos R$ 1 milhão do governo federal para ajudar na reestruturação da cidade devido aos prejuízos causados com as fortes chuvas de maio e junho de 2017. Mas segundo a Defesa Civil municipal, a verba foi negada pelo Ministério da Integração Nacional no final do ano passado. O dinheiro seria utilizado para construção de aproximadamente 70 casas, além de obras em pontes e recuperação de vias.

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– Agora, o município terá que arcar com esses prejuízos. A intenção era tirar pelo menos 16 famílias do aluguel social – afirma o secretário executivo da Defesa Civil de Lages, Jean Felipe Silva de Souza.

Conforme o secretário, os pedidos foram indeferidos sem justificativas. Em nota, a assessoria do Ministério da Integração Nacional explicou que havia recebido pedidos para a construção de 70 moradias (no valor de R$ 1,18 milhão), 
três pontes (cerca de R$ 950 mil) e para recuperação de vias urbanas (R$ 1,8 milhão).

Segundo a pasta, a solicitação para unidades habitacionais não se enquadrou na categoria de reconstrução, definida pela portaria interministerial 1/2013. Além disso, após inspeção técnica, o ministério teria identificado que o município já realizou intervenções para recuperação das pontes e considerou que os recursos não eram mais necessários. Já para o pedido de recuperação das vias, laudo técnico teria apontado que os danos foram causados por falta de manutenção nas ruas, e não em decorrência da enchente.

Em junho do ano passado, Lages ficou mais de 10 dias com diversos bairros alagados, mais de 
4 mil pessoas foram prejudicadas. Abrigos foram abertos no município, que decretou situação de emergência. De acordo com a Defesa Civil, pouco mais de R$ 100 mil foram repassados na época pela União para ajudar no aluguel social e ações de restabelecimento da cidade.

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