O governo catarinense paga atualmente R$ 3,4 milhões para a empresa Orsegups cuidar da segurança das 1.1174 escolas estaduais. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, todas contam com sensores, em 60% delas há câmeras de monitoramento e 194 possuem vigilância humana. O horário em que os guardas permanecem depende da necessidade da unidade atendida. Em Lages essa vigilância não tem funcionado em algumas instituições de ensino. Na EEB Francisco Manfroi, no bairro Santa Mônica, os livros estão servindo para “segurar” a porta, que foi quebrada no início do mês. No dia em que houve furto o alarme não funcionou.
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– O alarme não disparou e ele estava acionado. Chamamos o técnico e ele nos comunicou de que três sensores da secretaria não estavam funcionando – comenta a diretora Eliane Alves de Oliveira.
A Escola Professor Armanado Ramos de Carvalho, do bairro Promorar, de Lages, também foi alvo de ladrões pelo menos oito vezes em 22 dias. Praticamente todas as salas do colégio foram arrombadas. Além disso, foram furtados computadores, estabilizadores e lousa digital, resultando no prejuízo de pelo menos R$ 5 mil. De acordo com o diretor, Luis Anderson Antunes, em todos esses casos o alarme foi disparado, mas na hora a empresa de segurança não foi até o local. Na escola há um vigilante durante o dia, mas a maioria dos furtos ocorre de madrugada.
– Uma vigilância noturna não iria só inibir as ocorrências, elas iriam acabar. O Estado paga a vigilância para a empresa, mas nós só a temos durante o dia e de segunda a sexta – constata o diretor.
A empresa de vigilância não se manifestou ontem sobre o assunto. A Secretaria de Educação do Estado afirma não ter sido comunicada dos furtos, mas garantiu que as providências estão sendo adotadas. De acordo com o Estado, se comprovadas falhas da empresa de vigilância, ela terá que arcar com o prejuízo. A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso e já tem suspeitos, inclusive menores de idade, que podem estar envolvidos nos crimes.
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