A segunda-feira (22) começou com escolas movimentadas em Lages. Depois de dez dias de aulas presenciais suspensas, por conta de decreto municipal, as aulas nas redes pública e privadas foram autorizadas ao retorno. Com isso mais de cem unidades escolares, entre ensino infantil e médio, receberam professores e estudantes. 

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Para o retorno todas as escolas devem cumprir com as medidas elencadas nos Planos de Contingência aprovadas pelo Comitê Municipal de Gerenciamento da Pandemia de Covid-19. Segundo a Secretaria de Educação de Lages, os professores da rede municipal receberam equipamentos de segurança e as escolas foram preparadas para esse retorno. Nos locais que não é possível o distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas, é autorizado 50% da capacidade. O retorno está acontecendo do sistema de alternância, online e presencial.

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– Os nossos professores estão nas unidades de ensino, eles vão preparar atividades, encaminhar para essas crianças não serem prejudicadas, explica a Secretária de Educação, Ivana Elena Michaltchuk.

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O Sindicato dos Profissionais em Educação de Lages (SIMPROEL) publicou uma nota manifestando indignação pelo retorno de aulas presenciais, neste momento, de leitos lotados nos hospitais.

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Faltam leitos, faltam profissionais, faltam respiradores, faltam cilindros de oxigênio, faltam EPI’s, faltam medicamentos, falta vacina, falta bom senso. Vários especialistas renomados afirmam que os ambientes escolares estão entre os cenários mais propícios para a propagação do coronavírus. Esses locais são potenciais disseminadores da Covid-19, pois trata-se de uma rede abrangente que envolve professores, alunos, funcionários, diz um trecho da nota.

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A Secretaria de Educação do Município lamentou a posição do Sindicato. Segundo a Secretária da pasta, a escola é uma atividade essencial e todos os cuidados estão sendo tomados.