A manhã desta quarta-feira (02) foi movimentada na Câmara de Vereadores de Lages, o Grupo de Atuação Especial de Combate as Organizações Criminosas (Gaeco) passou a manhã buscando informações sobre um dos vereadores, que é servidor público municipal. Foram feitas buscas no setor de Recursos Humanos e financeiro, com informações sobre folha de pagamento, horas extras e diárias. Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade para apurar a existência de um possível funcionário fantasma na Prefeitura de Lages.

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Segundo o Ministério Público, as investigações foram feitas através da 5ª Promotoria de Justiça da Comarca de Lages. Em nota, o MPSC diz que pelo que foi apurado até o momento “o agente político, que é servidor público municipal de carreira, estaria recebendo seus vencimentos sem cumprir a carga horária prevista, pois só apareceria na repartição pública para preencher a folha ponto, que é certificada pelos servidores responsáveis”. 

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Segundo informações o vereador, que não teve o nome divulgado, poderia estar comentendo crimes de peculato, falsidade ideológica e atos de improbidade adminsitrativa. Agora as investigações seguem para tentar descobrir se isso estaria acontecendo. 

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Em nota a direção da Câmara de Vereadores de Lages, disse que está à disposição das investigações. Que o mandado foi cumprido em segredo de justiça, e que por isso não vai se manifestar sobre o processo. Já a prefeitura informou que não foi notificada oficialmente sobre o caso, e que por isso não vai comentar o assunto. 

Veja abaixo a nota da Câmara Municipal na íntegra:

“Direção-Geral da Câmara de Vereadores de Lages vem por nota manifestar-se a respeito de operação realizada pelo GAECO junto à Câmara de Vereadores, na manhã desta quarta-feira (2/12).

Foi expedido pelo Juízo da Segunda Vara Criminal de Lages – SC, mandado de busca e apreensão de documentos e coleta de dados como diligência de procedimento instaurado face a um vereador em exercício de mandato. Tendo um dos locais de cumprimento, a Câmara de Vereadores.

Considerando que o mandado foi cumprido com total segredo de justiça, conforme decisão judicial, a Direção-Geral da Câmara de Vereadores não manifestará qualquer informação acerca do processo, cabendo estrita informação de que todos os atos correram na forma da lei e a Câmara de Vereadores fica à inteira disposição dos procedimentos de investigação. “

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Edson Luis Medeiros

Diretor-Geral