Desde o início do mês, o Laboratório de DNA da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Lages parou de receber testes para o reconhecimento de paternidade, por meio da Justiça. Isso porque o convênio da Secretaria de Estado da Saúde com o laboratório venceu em janeiro e não foi renovado. 

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O contrato, firmado com o Instituto Paternidade Responsável, em Lages, repassava os pedidos de exames para a Udesc. Com a suspensão das análises, 89 testes estão parados no instituto. Os pedidos vêm de todas as comarcas de Santa Catarina. 

– É uma criança que não responde por ela que aguarda um exame de DNA. Essa criança pode estar aguardando uma pensão alimentícia, pode estar esperando em um abrigo. Essa criança pode estar esperando o abraço de um pai – lamenta a voluntária do Instituto Paternidade Responsável, Rita Lang. 

De acordo com o diretor do laboratório da Udesc, Altamir Guidolin, estão sendo analisados somente casos em andamento. Ele explica que sem o convênio não é possível fazer novas análises. 

Por ano, é repassado a média de R$ 600 mil para custear os testes feitos na Universidade. 
São cerca de 1,5 mil resultados entregues de graça para a população. 

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Por nota, a secretaria justificou que uma reunião será realizada amanhã, às 16h, na Casa Civil, com as secretarias de Estado da Saúde e da Assistência Social, representantes da Casa Civil, Tribunal de Justiça e Ministério Público de SC para tratar do assunto. 

Até se tomar uma decisão, a realização desses exames continua suspensa em todo o Estado, já que o laboratório é o único que presta esse serviço. 

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