A enfermeira Maharish Blue do Amaral e Silva sentou pela segunda vez no banco dos réus. O motivo é morte do marido, o policial civil Ari dos Santos, em 2013. O júri popular começou por volta das 10 horas desta terça-feira (20).

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Essa é a segunda vez que a enfermeira é julgada pelo mesmo caso. Em 2014, Maharish foi condenada ‪a 16 anos de prisão, mas a defesa alegou falta de provas e o júri foi anulado. Na denúncia consta que ela teria dopado a vítima antes do crime, porém o IML não encontrou o medicamento no sangue.

A família do policial acompanha o julgamento, mas não quis dar entrevista. Segundo a acusação, Maharishi teria planejado com o amante, Geovan Brasil de Oliveira, a morte do marido para ficar com a pensão e o seguro do carro.

Na época, a investigação apontou que policial foi dopado pelos dois e espancado até a morte. Ele estava no banco de trás do carro da enfermeira, que acabou sofrendo um acidente no trajeto, e assim o crime foi descoberto.

Ela e o amante foram presos em flagrante. O amante segue preso. Já Maharishi aguardava em liberdade o novo julgamento.

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O advogado da enfermeira, Ércio Quaresma Firpe, conhecido por atuar em casos de repercussão nacional como do Goleiro Bruno, ex-Flamengo, disse que se ela for condenada vai pedir que o júri seja anulado novamente.

Segundo ele, as testemunhas não foram chamadas para depor no júri, apenas os depoimentos colhidos nas oitivas foram apresentados em vídeos.

A enfermeira responde por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe. Caso condenada pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.

Decisão:

 Essa foi à sessão mais longa do Salão do Júri deste ano, em Lages. Depois de quase 17 horas de julgamento a enfermeira Maharisch Blue do Amaral e Silva foi considerada culpada pelos jurados, porém eles não reconheceram duas qualificadoras, o motivo torpe e surpresa, apontadas na denúncia. Assim, Maharisch foi condenada há oito anos de reclusão por homicídio simples, e vai cumprir em regime semiaberto. A sentença saiu perto das 5h.

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