Por lei, no dia 1º de abril venda, colheita e transporte do pinhão são liberadas em Santa Catarina. A partir desta quinta-feira (01), as propriedades serranas começam a ficar mais movimentadas com a colheita. A previsão da Epagri é de uma produção maior que 2020, entre 40% e 60%.

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Mesmo assim a safra deve ficar abaixo do normal, porque no ano passado a produção teve uma queda significativa. Segundo especialistas o cenário é motivado por fatores climáticos e a chamada alternância na produção, onde em alguns anos os pinheiros produzem mais pinhas e em outros menos.

– Apesar da elevação, a safra ainda será menor do que em um ano normal, já que ano passado ela foi praticamente insignificante, relata Jose Marcio Lehmann, gerente regional da Epagri em Lages.

A Epagri ainda não divulgou a quantidade que deve ser colhida no estado. Em Painel, munícipio com maior produção de pinhão de SC, a previsão é colher cerca de 200 mil quilos, em um ano normal a colheita chegaria a 400 mil quilos. Mesmo assim os produtores estão animados porque vão conseguir compensar a produção de 2020. O pinhão ainda é uma atividade informal, e por isso acredita-se que a quantidade pode ser ainda maior do que o previsto, já que muitos agricultores não tiram notas. Na Serra Catarinense são mais de 5 mil famílias que trabalham nessa atividade.

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– O pinhão faz parte da renda de várias famílias agricultoras da região, que aguardam a abertura para iniciar a colheita e comercialização de várias maneiras, principalmente com barracas montadas à beira das rodovias locais, comenta o gerente regional da Epagri.

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Para colher, os produtores enfrentam subidas nos pinheiros com mais de 15 metros de altura. A atividade é perigosa e exige prática e segurança. Geralmente é uma tradição passada de geração para geração.