Depois de 10 dias de suspensão dos serviços não essenciais em Lages houve queda no número de casos ativos de coronavírus na cidade. O município que vinha numa crescente de pessoas contaminadas, chegando a 2.871 pessoas com Covid-19 no domingo (14), chegou a 329 casos a menos na quinta-feira (18). Os dados são da Secretaria de Saúde Municipal, que já identifcou uma redução de 14% no número de pessoas positivadas com o vírus, entre os dias 17 e 18 de março.
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Essa redução também foi percebida no painel de casos ativos do Governo do Estado, em 6 de março, o ritmo de crescimento de casos ativos na Serra Catarinense era de 60%, na quinta-feira (18), o ritmo desacelerou e chegou a 8,9%. Para o Secretário de Saúde de Lages, Claiton Camargo, isso é reflexo das medidas mais restritivas tomadas nos últimos dias para diminuir a circulação de pessoas na cidade. Mesmo assim, o número de pessoas positivadas ainda é alto na cidade, são mais de duas mil.
– Ainda deve cair mais nos próximos dias. Tomara que não volte a crescer na mesma proporção, mas tudo vai depender de como a população vai reagir com o término das medidas, esclarece o Secretário de Saúde de Lages.
O decreto que começou a valer no dia 9 de março segue até à meia-noite desta sexta-feira (19). Durante este período o comércio foi autorizado a trabalhar somente no sistema delivery e as aulas presenciais foram suspensas. A partir do sábado (20), o munícipio vai seguir as regras determinadas pelo Governo do Estado. Segundo a Secretaria de Educação de Lages, as escolas estão sendo preparadas para o retorno presencial na próxima segunda-feira (22).
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Porém, as internações ainda continuam altas. Os leitos de UTI Covid na região estão todos ocupados, são 56 no total. Os mais de 170 leitos de enfermaria continuam acima de 90% de ocupação. Além disso, hospitais começaram a alertar sobre a falta de medicamentos.

Nesta sexta-feira (19), o hospital Nossa Senhora dos Prazeres emitiu um comunicado alertando sobre a falta de medicamentos, principalmente, sedativos. A unidade não está conseguindo comprar os medicamentos no mercado nacional, o que pode impactar nos atendimentos à pacientes com Covid-19 e outras doenças. No comunicado o hospital diz que chegou ao limite critico. Entre os medicamentos em falta estão o Midazolam e o Propofol.