No inicio da semana o flagrante de um Puma concolor, conhecido como Leão-Baio, na Serra Catarinense, ganhou grande repercussão. O produtor e Engenheiro Agrônomo, Juliano Bertoni, encontrou o animal na propriedade dele, na localidade de Boa Vista, interior de Painel, na segunda-feira (21). O caso, porém, alerta para ocorrências que envolvem a morte dessa espécie.
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Na Serra Catarinense, a Polícia Ambiental geralmente é acionada para atender atropelamentos, além de ocorrências que envolvem caça.
Em 2016, dois animais foram mortos por caçadores. Já nos anos de 2017, 2019 e 2020 foram pelo menos três atropelamentos registrados pela Polícia Militar Ambiental de Lages.
Geralmente as ocorrências de atropelamentos envolvendo leão-baio acontecem à noite.
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— O animal está se deslocando e a luz do farol acaba o desnorteando um pouco. Sem reação, acaba sendo atingido. Por isso a gente recomenda que as pessoas dirijam dentro do limite de velocidade, com o farol bem regulado e com atenção máxima. É difícil, realmente, evitar muitos desses atropelamentos. Nossas rodovias não possuem nenhum tipo de passagem segura para animais — esclarece o Comandante da 1ª Cia do 2º Batalhão de polícia Militar Ambiental, Capitão Marco Antonio Marafon Junior.
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Apesar do leão-baio viver em regiões como a Serra Catarinense e Meio-Oeste, vê-lo de perto não é muito comum. Entre as aparições, está a de 2005 na cidade de Curitibanos, de 2013 quando um desses animais foi visto andando tranquilamente da na rodovia, em Urubici e em 2017 em uma casa em Lages.
Inclusive, neste caso, o leão-baio foi capturado no quintal da residência. Era por volta das 6h30min do dia 28 de outubro de 2017, quando o bicho foi visto pelo morador do lado da casa dele.
O leão-baio ficou no local por quase duas horas.
A Polícia Militar Ambiental e o Corpo de Bombeiros foram chamados para fazer o resgate. O leão-baio chegou a subir em cima de uma árvore e foi sedado com um dardo tranquilizante disparado por um médico veterinário. Depois de passar por exames ele foi solto em uma reserva ambiental no município de Campo belo do Sul.
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Esse predador é típico da região Sul do país, em alguns locais ele é chamado de suçuarana, puma, ou até onça-parda. A quantidade de animais que vivem nessa região não é precisa.
Especialistas já tentaram desenvolver pesquisas para quantificar a população de Puma Concolor, mas por conta de custos altos o estudo não pôde ser realizado.
Segundo especialistas o animal não traz risco aos seres humanos, ele é o segundo maior felino do continente americano. Pesa aproximadamente 70 quilos e se alimenta de roedores, lebres , tatus, veados, capivaras, aves, lagartos e até mesmo serpentes. O puma concolor também corre o risco de ser extinto, por conta da caça e a perda do habitat natural.
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