Meus queridos, por diversas vezes tenho abordado aqui no nosso cantinho as mazelas da violência e suas vítimas. Relato com profunda tristeza a perda de muitos jovens que têm suas missões neste plano interrompidas pelo puxar dos gatilhos de armas que deveriam estar servindo a sociedade de um modo geral e não levando pânico pra dentro das comunidades. São incontáveis as lágrimas que escorrem nos rostos das mães que veem seus sonhos de ter os filhos nos bancos de universidade sendo apagados por outros jovens que, por tanta semelhança, também poderiam ser seus.

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No Jornal do Almoço desta quinta-feira, vamos abordar os números avassaladores deste caos vivido em todo o Estado. O atlas da violência aponta que, em Santa Catarina, os jovens negros assassinados chegam a ser o dobro dos não negros que são mortos.

Como base, usamos a matéria publicada nos veículos da NSC Comunicação, assinada pelo parceiro e colega de profissão Roelton Maciel. O cara também entrevistou duas das mais importantes figuras da militância negra em Santa Catarina: Maria de Lourdes Mina, coordenadora do Movimento Negro Unificado (MNU), e José Ribeiro, advogado e militante pelos direitos humanos. Na moral, assistam e pasmem com as reflexões de quem sente na pele a dor da perda precoce.