Foto Arquivo pessoal

No último final de semana, demos uma nota aqui no Rolê sobre o ensaio fotográfico para os patudos que o Dibea estava idealizando. Pois bem, na ocasião, aqui no nosso site, usamos a foto dessa fofura, que não foi adotada por meio do projeto. Logo, a dona nos procurou via rede social para pedir que publicássemos o equívoco. Como se trata de algo que defendemos constantemente aqui no nosso cantinho, vamos fazer mais que isso. Vamos abrir espaço para contar a história de amor da Lola e sua cuidadora, Ana Luiza Chagas.

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“Em 2015, numa pesquisa sobre raças, cheguei à conclusão de que não fazia sentido comprar um cachorro com tantos animais abandonados e resolvi amadurecer um pouco a ideia de pegar um cachorro. Mas não tive tempo, uns dias depois passei em frente à uma agropecuária de Laguna e resolvi olhar os cachorrinhos.

Uma das gaiolas estava rodeada de crianças. Então, dei a volta pra ver e uma coisinha preta veio pro lado onde eu estava. Ela era a única ali, pedi pra pegar e no momento que coloquei no colo, ela se aconchegou no meu ombro. Ali eu soube, ela me escolheu.

Desde o primeiro dia ela sempre foi muito tranquila, tinha por volta de quatro meses, não chorava, comia como se nunca tivesse visto comida antes e morria de medo de vassoura e jornal, acredito que tenham batido nela com a vassoura e que ela tinha que ficar no jornal pra não sujar o ambiente. Na na primeira vez que peguei uma vassoura perto dela, ela fez xixi de medo, aquilo me partiu o coração.

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Logo no primeiro dia, depois do vermífugo, ela começou a passar mal à noite. Fiquei acordada com ela e corri pra veterinária no primeiro horário. Enquanto ela era atendida, desmaiei de nervoso, já tinha medo de algo acontecer com ela.

Ela pesava 2,5kg quando chegou, era só barriga, cheia de vermes, mas logo começou a crescer rápido, cresceu mais do que o esperado e hoje é gordinha e saudável. Lola se tornou meu animal de apoio emocional. Eu estava lutando contra uma depressão severa quando ela chegou e Lola desenvolveu um senso de cuidado e proteção comigo inacreditáveis.

Estamos sempre juntas, nos conhecemos no olhar, ela é realmente minha maior companheira, me ajudou a me reerguer e ter vontade de lutar. Eu não estaria aqui sem ela. Lola desenvolveu uma alergia com cerca de oito meses, passei alguns meses tentando descobrir o que causava aquilo. Foram remédios, banhos, alimentação hipoalergênica e muitas, muitas idas ao veterinário até ela ficar bem.

Durante esse tempo, ouvi muitas vezes que ela teve sorte de encontrar alguém que se preocupava em tratar e cuidar dela. Sempre respondi que tive sorte dela ter me escolhido pra cuidarmos uma da outra. Hoje ela está com pouco mais de 3 anos e é a cachorra mais carinhosa que pode existir. Ela é uma verdadeira companheira, está comigo sempre que pode, vai em qualquer lugar sem incomodar e é super obediente. É uma verdadeira princesinha”. 

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