Depois de três carnavais afastadas da afiliada da Rede Globo em Santa Catarina, a cobertura oficial e a transmissão do desfile das escolas de samba do grupo especial de Florianópolis voltam para a líder de audiência no Estado. O acordo se deu depois de longas conversas e trâmites que começaram em março de 2018, depois que o Carnaval de passarela se demonstrou enfraquecido.

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Os motivos que levaram a tal enfraquecimento são, na sua grande maioria, os mesmos dos demais setores onde o governo do Estado era o principal agente financiador: falta de incentivo, de estrutura e, também, poucas parcerias para a organização de eventos independentes.

O encontro para a assinatura do contrato que firmou o compromisso entre a Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf) e a NSC Comunicação aconteceu hoje no salão Múltiplo, na sede da emissora, em Florianópolis. Presentes no ato estavam representantes da Liga, das escolas, da direção de jornalismo e gerência de programação da NSCTV. Os discursos foram otimistas de ambas as partes, já que o nosso Carnaval precisa de uma injeção de ânimo para voltar a crescer e retomar o lugar de terceiro maior do país e, claro, o maior do sul.

Para o presidente da Liesf, Fábio Botelho, a satisfação de retornar para a afiliada Globo tomou conta de todas as lideranças das festas de momo, uma vez que prefeitura e mídia estão comprometidas em fazer acontecer o grande evento na Passarela do Samba Nego Quirido.

Comunidades valorizadas

Num papo rápido com o gerente de programação da NSC, Anselmo Prada, o querido comentou que nossas comunidades precisam ser mais valorizadas, que a nossa cultura não pode ficar abandonada. Por isso, a transmissão está entre as prioridades da casa.

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César Seabra, diretor de jornalismo da NSC, frisou que uma boa transmissão depende de um grande apoio editorial. E a gravação dos videoclipes com os sambas-enredo é apenas o pontapé inicial das muitas divulgações que vão rolar nos veículos da empresa.

Com todos os papéis devidamente assinados, ficou acordado que, em fevereiro, o telespectador vai poder curtir os videoclipes para aprender os sambas e se informar sobre os enredos que cada escola vai levar para a avenida.

Vamos fazer um grande Carnaval

Na boa, estávamos vendo nosso Carnaval diminuir a cada ano e, a meu ver, isso não era justo com a própria história dessa cultura aqui no Estado. Nosso samba é muito valorizado por quem vive do mesmo segmento em outros Estados, mas aqui parecia não ter a mesma importância, principalmente, por quem investe recursos em tantos outros setores.

É importante lembrar que, quando falamos que o poder público deve investir no Carnaval, é porque existe uma pasta administrativa destina à Cultura, assim como existe para Educação e Saúde. Ou seja, cada um deveria ter a sua margem de investimento, o que não aconteceu nos últimos anos.

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A fase crítica que enfrentamos no país também contribuiu para que esse enfraquecimento se desse, mas agora é hora de olhar pra frente e, juntos, fazermos um grande e inesquecível Carnaval.

Tô pronto!

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