Outro dia desenrolamos um papo aqui no Rolê sobre o aumento de gente doente de crack pelas ruas de Floripa. Na ocasião, manifestei minha tristeza por encontrar cada vez mais pessoas com seus sonhos interrompidos, cometendo delitos em atos de desespero na busca pela próxima pedra. Citei, inclusive, que a internação compulsória não faz mais parte das medidas e que sou totalmente contrário. Pois bem, a Secretaria de Assistência Social de Florianópolis nos enviou uma nota tratando sobre o tema abordado.

Continua depois da publicidade

Em atenção às pessoas em situação de rua na Capital, a prefeitura de Florianópolis informa que vem trabalhando em diversas frentes para atender essa população. Para atendimento aos dependentes químicos, Florianópolis conta com dois Centros de Atenção Psicossocial AD (álcool e drogas). Sobre internação compulsória, a Secretaria de Assistência Social informa que é preciso avaliar a efetividade desse tipo de ação, que não é recomendada pela Organização Mundial da Saúde.

Vale ressaltar que, diariamente, através de uma programação diária e em atendimento às demandas, a Força-tarefa DOA (Defesa, Orientação e Apoio), formada por, além da Assistência Social, Comcap, Guarda Municipal, Dibea, Susp, Polícia Militar, Ministério Público, voluntários e entidades da sociedade civil organizada, como Conselhos de Segurança, Associação de Moradores, entre outros, percorre todas as regiões da cidade, abordando a população de rua, oferecendo os serviços disponibilizados pela prefeitura, como tratamento para dependência química, abrigo, alimentação e orientação para reinserção no mercado de trabalho. O objetivo é devolver a autonomia às pessoas atendidas, promovendo a reinserção social.

Passagens de retorno à cidade de origem também são ofertadas para quem está disposto a retornar para o convívio familiar. Em 2018, mais de 500 pessoas em situação de rua utilizaram o benefício. Também é realizada a abordagem social, feita por uma equipe da Assistência Social, e outra, que é feita por uma equipe de sensibilização, formada por profissionais de organização da sociedade civil, conveniada pela prefeitura. É importante destacar que Florianópolis não possui famílias e nem crianças em situação de rua, resultado de um trabalho efetivo e preventivo.

Aproveito a oportunidade para te convidar a acompanhar e ver de perto nosso trabalho, em especial, a ação da equipe de abordagem às pessoas em situação de rua.

Continua depois da publicidade

Abraços,

Maria Claudia Goulart da Silva

Secretária Municipal de Assistência Social de Florianópolis