O Samba de Terreiro Florianópolis volta para o seu local de origem, a Escadaria Rosário, para a edição comemorativa do Dia Nacional do Samba, neste dia 2 de dezembro. O projeto, que reúne artistas, produtores e pesquisadores, começou em janeiro de 2017 e é uma referência de movimento cultural, com apresentações sempre prestigiadas por centenas de pessoas da cidade e visitantes.
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O Samba de Terreiro surgiu na Escadaria da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, mas também teve edições na Escaria do Teatro da Ubro — em dias de chuva, ocorreram apresentações dentro do próprio teatro, que ficou lotado. A intenção dos criadores do projeto é a divulgação da memória de uma das manifestações culturais musicais tocadas, cantadas e dançadas, inicialmente nos terreiros e, depois, nas quadras das escolas samba do Rio de Janeiro e de Florianópolis a partir dos anos de 1930. As apresentações são para divulgar essa forma de executar o samba e de preservar um dos principais elementos da cultura afro-brasileira, bem como valorizar os guardiões da Velha Guarda.
Antes da apresentação das músicas, os coordenadores iniciam cada roda com a explicação sobre o que é samba de terreiro ou samba de quadra e o objetivo do projeto. Entre os compositores que fizeram história, estão nomes como Silas de Oliveira, Noel Rosa de Oliveira, Dona Ivone Lara, Chico Santana, Paulo da Portela, Padeirinho e Cartola. O público que quiser cantar junto, tem acesso ao caderno das letras através do evento no Facebook.
A realização desta edição do Samba de Terreiro Florianópolis conta com o apoio da Fundação Cultural Franklin Cascaes e Prefeitura Municipal de Florianópolis.
Local: Escadaria do Rosário, rua Marechal Guilherme, 60, centro de Florianópolis
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Data: 02/12/2019
Horário: das 18h15 às 20h15
Participação aberta ao público
O Samba dos Bambas

Uma das bandas de samba mais conhecidas do nosso estado esteve novamente nas lembranças de um dos sambistas mais queridos do Brasil. Dudu Nobre deu recentemente uma entrevista em uma rádio especializada no segmento, na ocasião estava falando sobre a qualidade do samba em suas diversas vertentes. O cara relembrou um encontro que teve em Floripa há quase duas décadas, quando visitou nas imediações do Morro da Caixa (continental) o projeto social Alfa Gente, que rolava numa espécie de contraturno.
Era ali, numa viela paralela a Avenida Ivo Silveira que muitas crianças e adolescentes tinham reforço escolar, aulas de capoeira, pintura e música. O artista carioca conheceu uma molecada engajada no samba e sua mais nobre raiz, as pastoras Carol Gonzaga, Daniela Medeiros e Eloísa Gonzaga. As três são da mesma família, uma das mais tradicionais daquela região, que junto do hoje cavaquinista, compositor e cantor, Diogo Medeiros, formavam o grupo Novos Bambas.
Quase 20 anos depois, Dudu ainda lembra o quanto foi especial aquele encontro com sambistas juvenis de extrema qualidade (mesmo fora do eixo Rio/SP. Tanto, que na entrevista a rádio citada, disparou
— O melhor samba feito no Brasil não está no Rio ou São Paulo, está em Floripa. Lá no Morro da Caixa.
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Aí na foto, estão as pastoras, Diogo e boa parte da família que desde sempre mantém a cultura latente.
Além do contato com Dudu, os talentosos já acompanharam grandes nomes da música popular brasileira. Beth Carvalho, Nei Lopes, Reinaldo, Leci Brandão, Almir Guineto e Dona Ivone Lara, são apenas alguns deles. Vida longa aos queridos bambas, da banda Novos Bambas!