Como ter esperança no futuro e aproveitar oportunidades que surgem nos momentos de crise? Por meio da conexão. Criado para ser uma alternativa de aprendizado e renda durante o necessário distanciamento social para minimizar a pandemia, o Conecte-se é um programa louvável do Centro Cultural Escrava Anastácia (CCEA) que oferece cursos na modalidade virtual para jovens de comunidades empobrecidas de Florianópolis e que tiveram uma pausa nos cursos ofertados presencialmente pela instituição. Atualmente o projeto conta com 110 inscritos e o objetivo é atender 250 jovens até agosto.

Continua depois da publicidade

A iniciativa surgiu para substituir, temporariamente, o Rito de Passagem, projeto do CCEA que apoia o desenvolvimento de jovens de 14 a 24 anos. Além disso, diante das demandas sociais por emprego, renda e saúde ampliadas em razão da Covid-19, os jovens em isolamento social estão afastados da escola e dos demais equipamentos sociais que os estimulam e dão acesso a recursos como educação e emprego.

As atividades são realizadas virtualmente e incluem cursos de parceiros como o Senai, Senac e Assembleia Legislativa de SC. Para além do aprendizado, o propósito do projeto é impactar os jovens a partir da confiança que irão construir em si mesmos ao longo das trilhas de desenvolvimento para delinear seus projetos de vida, no agora e no futuro próximo.

O programa está organizado em três etapas. A primeira, realizada em maio, propôs o Autoconhecimento. Foi um período em que os participantes receberam informações sobre suas maiores habilidades, talentos e também orientações sobre como utilizá-las em suas escolhas de vida e profissional.

A segunda etapa será realizada ao longo de junho e julho com as Trilhas de Aprendizagem. Cada participante, a partir do autoconhecimento, pode escolher três trilhas diferentes: digital, serviços e indústria. Em cada uma das trilhas, diversos cursos são disponibilizados com carga horária de 20 a 40 horas. Ao final de cada um, o/a jovem realiza uma avaliação.

Continua depois da publicidade

Leia Mais:

O cafezinho que vem do Morro do Horácio tem adição de amor e comprometimento

A terceira e última etapa é pautada na ideia de Cidadania e Direitos Humanos. Em agosto, será oferecido um curso com 70 horas de duração, com avaliação e certificado, sobre o papel de cada um/a e seu protagonismo junto à família, comunidade e na busca por acessos a serviços e direitos sociais e para o exercício da cidadania.