Cynthia Orengo e Cléria Nunes - Programa Bem Viver
Cynthia Orengo e Cléria Nunes – Programa Bem Viver (Foto: CGP/MPF/SC / Divulgação)

No meio da crise social e do isolamento da pandemia da Covid-19, que nos faz vivenciar a limitação de afetos e encontros e experimentar a falta de tantas coisas, o Programa Bem Viver do MPF em SC tem realizado uma série de ações com o objetivo de encurtar distâncias, reaproximar os colegas de todo o estado e buscar medidas de acolhimento, diminuição das desigualdades sociais, levando ainda mensagens de esperança. Foi necessário que o Bem Viver se reinventasse, tendo em vista que até então era focado no contato pessoal. Nesta semana o MPF completa dois meses em trabalho remoto.

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Desde que foi criado, em agosto de 2014, o Bem Viver sempre procurou trabalhar com ações de promoção da igualdade. A pandemia veio mostrar que não existem fronteiras nem diferenças. Somos todos iguais, frágeis e que qualquer vida deve ser preservada. Veio escancarar, também, que as desigualdades sociais precisam ser removidas. Como já havia sido trilhado um longo caminho, as ações do Programa, desde o final março, têm sido executadas neste sentido. Sejam as ações de responsabilidade social, voluntariado institucional, bem-estar, culturais ou de saúde física ou mental, todas convergem nesse sentido.

As atividades realizadas desde o final de março vão desde a produção de vídeos motivacionais, fotos dos colegas em suas estações de trabalho, realização de Saraus virtuais com música e poesia – tendo em vista que a arte traz beleza e fala direto com nossa alma – até desafios culinários protagonizados pelas nossas colaboradoras terceirizadas. O objetivo principal de trazer o sentimento de pertencimento está movimentando servidores e membros ativos e inativos, estagiários e terceirizados pelo estado.

Além disso foram planejadas algumas ações de acolhimento, como atendimento psicológico para pessoas que buscam o Bem Viver para orientações e aconselhamentos; oferecimento de atendimentos individuais ou em grupos por meio de terapias integrativas oferecidas por servidores que atuam nessas áreas, além de realização de cursos e atividades culturais, esportivas e de bem-estar.

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Um das ações específicas que o Programa está promovendo é a de responsabilidade social/voluntariado e de bem-estar. Pensando nas dificuldades que os terceirizados estão enfrentando, embora continuem recebendo o salário, vários familiares vivem da informalidade ou estão desempregados e estão em uma situação de vulnerabilidade social. O Bem Viver, em parceria com a ASMPF/SC, está realizando ações de doação mensal de cestas básicas para todos terceirizados da capital, e também de um par de máscaras de tecido, doadas como medida de proteção antes da obrigatoriedade do uso em Florianópolis

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Na pandemia, a desigualdade social está exposta, seja nas dificuldades de manter o distanciamento social, no atendimento médico-hospitalar, ou na exposição da população vulnerável em filas gigantescas e desumanas de cumprimento das exigências para o recebimento do auxílio básico emergencial.

Como o Bem Viver atua em parceria com a sociedade civil e tem feito um trabalho contínuo com os refugiados e imigrantes, com ações de acolhimento e combate à xenofobia e ao racismo, em conjunto com o Círculos de Hospitalidade, está apoiando a campanha #SolidariedadeSemFronteiras, por meio da doação de cestas básicas, também em parceria com a ASMPF. Em dois meses mais de 100 cestas básicas e 100 máscaras foram doadas, tanto para os terceirizados, como para os refugiados/imigrantes atendidos pelo Círculos.

Na semana passada, na comemoração do dia das mães, uma ação que merece destaque foi idealizada para as terceirizadas, que receberam um exemplar do livro “Um tempo para acontecer”, da escritora e colega do MPF em SC Waneska Schueller autografados e com dedicatória, como medida de incentivo à leitura. Também receberam flores e chocolates, demonstrando o acolhimento e para lembrá-las de que estamos juntos e de tudo vai passar. Uma pequena ação, porém cheia de afeto e representatividade.

Com a medida de distanciamento social imposta pela pandemia e como o MPF tem sedes em 14 municípios catarinenses, muitos colegas estão passando por esse momento sozinhos, sofrendo com incertezas e ansiedade. Surgiu então a ideia de produzir alguns vídeos motivacionais, com mensagens de esperança e de que os momentos dos abraços, dos reencontros e da vida plena chegará em breve.

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O procurador Mario Ghanna, da PRM Joinville, que também é músico, compôs para a pandemia a música “Vai ser tão bom”, que fala de saudades de uma forma positiva. Foi produzido um vídeo, inspirado na música, do qual participaram dezenas de procuradores, servidores, ativos e aposentados, estagiários e terceirizados de todo estado, trazendo palavras e sentimentos de acolhimento.

Em outro vídeo foram convidados filhos, netos e sobrinhos dos servidores, procuradores e terceirizados para aderirmos ao movimento mundial “Vai Ficar Tudo Bem”, por meio do desenho de arco-íris, como mensagens de amor, esperança e união. Essa participação calorosa resultou em um belo vídeo, que mostrou os desenhos produzidos pelas crianças. Em breve os vídeos e desenhos integrarão uma galeria virtual do MPF em SC.

Todas essas ações e outras em andamento ou já realizadas têm o mesmo objetivo: mostrar que independente da distância e das incertezas, estamos juntos, lembrando uma fala do Papa Francisco, no começo de maio: “Sem uma visão de conjunto, não haverá futuro para ninguém”.

Confira os vídeos no Instagram e Youtube.