Quando falamos que as celebrações da consciência negra são cada vez mais necessárias, não exageramos. É nesta data que a negritude reflete sobre as principais lutas e avanços que tivemos e estamos tendo. Zumbi dos Palmares é sim, exaltado e lembrado como símbolo de resistência e entendimento de protagonismo, um mártir genuinamente brasileiro, o rei de um povo. 

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Despertar para uma conscientização geral de que somos parte importante na edificação de um país é injeção de autoestima, é entender de uma vez por todas que não somos invasores, imigrantes ou responsáveis pelas atrocidades que nos submeteram. É sim tomar para si a responsabilidade por cada irmão e irmã, é prospectar a igualdade como, de fato, entendemos e deveria ser. Ter consciência negra é buscar os mais altos cargos, alcançar objetivos e avançar no intuito de que os próximos também prosperem. 

Consciência é respeitar todas as etnias, mesmo que esse respeito não nos seja devolvido. É preciso ser sábio, buscar na ancestralidade as estratégias que nos fizeram sobreviver e criar subterfúgios para amenizar o sofrimento em prol do sonho da redenção. 

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Refletir sobre como o igualitário deixará de ser um processo se faz cada vez mais necessário. Precisamos, de fato, entender que devemos ter postura de quem é dono do seu próprio nariz, deixar para trás os resquícios de submissão que nos impedem de evoluir. Não deveria ser cultural aceitar que as canetas legislativas, executivas e posições de decisão não nos pertencem.

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Novembro está indo embora, e nós vamos mesmo falar de consciência negra somente ano que vem, daqui um ano? Há quem diga que a consciência “NÃO DEVE SER NEGRA”, mas sim humana. Para estes que, lamentavelmente, ignoram a história, suas consequências e impedimentos, desejo que tomem tento e tornem as consciências HUMANIZADAS. Axé, Munkuiu, Kolofé, Motumbá!

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