Na edição impressa do Diário Catarinense desta semana o tema principal foi o racismo e todos os protesto que estão ocorrendo ao redor do mundo. Convidamos o colunista do NSC Total, Edsoul, para falar sobre o assunto.
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Falar sobre racismo sempre me causa uma sensação estranha. É difícil crer que mesmo tendo passados mais de 130 anos sem os grilhões, correntes, senzalas e todo o resto que representou a maior atrocidade praticada pelo ser humano, ainda vivemos esse câncer histórico. Nossas evoluções vêm, ao longo dos anos, acompanhadas de involuções descabíveis. Um exemplo disso foram as tentativas de melhorias no acesso a educação para pobres, negros, pardos e indígenas.
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Se de um lado, temos programas voltados para as etnias citadas, que visam garantir os tão sonhados bancos universitários para todos. Do outro, temos o descumprimento da lei 11.645/08, que deveria garantir na base, um ensino diversificado e respeitoso. Pois, seria através dela que alunos mais novos do ensino fundamental e médio conheceriam as verdadeiras histórias das ditas minorias.
É necessário ocupar as ruas com manifestações apartidárias. Precisamos nos rebelar contra o sistema de negação que está aí há anos, menosprezando tons de pele escuros. Devemos mostrar com ocupações de bons lugares na sociedade, que somos vitoriosos. Precisamos de união entre pessoas de bem. Negros e antirracistas juntos, para uma mudança crucial. Parar de agonizar as margens da sociedade é um objetivo mútuo entre os que entendem que a igualdade de fato existe.
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Acredito nesse futuro, que começa a ser escrito a partir dos gritos que estamos ouvindo em todo o mundo. Será a redenção dos povos, uma redenção harmoniosa onde a palavra de ordem será a união.
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