O dom da benzedura que tem a Dona Ondina, moradora do Ribeirão da Ilha, o bairro de Florianópolis onde a prática mais se repete, veio de berço, segundo ela. Foi brincando quando criança no quintal espaçoso de casa, que a primeira cura através das mãos aconteceu.

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Dona Ondina usa um terço para benzer os que lhe procuram, no pescoço vai um colar feito de sementes que é pra ela se proteger das energias ruins que as pessoas possam trazer. Diz uma tradição antiga, que o dom de benzedeira está em quem nasce em dois dias específicos da semana santa, e ela nasceu na quinta-feira. É orando, impondo as mãos, pedindo coisas boas, assim Dona Ondina faz seus atendimentos na sala de casa. O movimento já foi bem maior. Não que ela não seja procurada, mas é que hoje, tem que ser com horário marcado. A nossa vozinha de 86 anos já não pode atender mais de cinquenta pessoas por dia.

Estive por lá para uma benção da querida vozinha, e posso dizer que é incrível a leveza que nos traz os minutos de boa reza que ela faz.