Como de santo eu não tenho muito, minhas traquinagens de moleque era sair da imediações do Morro da Malária, no Maciço do Morro da Cruz, e sair para as outras comunidades com o resto da molecada para interagir e curtir com a vizinhança. No Morro do Mocotó, subíamos pela chamada Cabeça do Santo, região que fica ao lado do cemitério que pertence ao Imperial Hospital de Caridade.
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Caminhávamos tanto que acabávamos descendo pela comunidade do bairro José Mendes, mas não antes, sem dar aquela passada pela Boca do Vento, onde hoje, ficam as casinhas do Morro da Queimada. Sabe o que é curioso? Em nenhum dos muitos morros que andei na infância e juventude, víamos uma praça de lazer ou um campinho pra bater aquela bola.
No Morro da Caixa, por exemplo, o Gel Cardoso, irmão do queridíssimo compositor Celinho da Copa Lord, levava a galerinha do time Pinheiros FC para treinar na antiga Industrial, onde hoje é o Instituto Federal de Santa Catarina. Na subida da Serrinha, tinha um areião com duas traves improvisadas, onde rolavam diversos torneios e campeonatos entre os times de todo o Maciço.
Passando por lá recentemente, me chamou a atenção a movimentação de máquinas e trabalhadores. Pelo que notei, trata-se de uma nova área de lazer e convivência. Fui rapidinho perguntar para os responsáveis no poder municipal. Os caras me contaram que agora a área está sendo equipada com parquinho, área de caminhada e convivência com paver, campinho de areia com redes de proteção e academia.
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A entrega deve rolar em setembro. Mas, na boa, a rapaziada tem que respeitar todas as regras que dizem respeito ao período pandêmico que estamos atravessando. Depois disso, até me encarno de bater uma bola com a rapaziada da região. Chama o negrão, meus queridos!