Outro dia publiquei aqui que, enquanto não nos reconhecermos como coletivo no que diz respeito a sociedade, continuaremos contabilizando estatísticas negativas, principalmente onde a vulnerabilidade é latente e onde a desvantagem histórica insiste em perdurar. Pois é, mas isso não se aplica quando se trata do Projeto Cidades Invisíveis, do meu parceiro Samuel Schmidt, que começou fotografando as belezas que existem em meio a tanta miséria e as transformando em produtos como camisetas, acessórios e souvenir. O mais bacana disso é que a grana adquirida na venda voltava para as famílias que fizeram parte da produção.
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O projeto cresceu bastante, mas, mesmo chegando ao patamar de doar casas para famílias através de parcerias, ainda faltava fazer com que os próprios moradores da Frei Damião trabalhassem de uma maneira que pudessem ter rendas extras, ou única por meio do projeto. Na boa, isso aconteceu. Pessoas como a dona Cristiane de Castro, que está aí na foto, estão participando de cursos que ensinam como produzir pulseiras e embalagens. As aulas são ministradas pela design de joias Fabi Jorge, uma das parceiras do Cidades. Sabem o que isso significa? Investimento no protagonismo comunitário, no crescimento coletivo, empoderamento e independência financeira.
Quando deixamos somente de dar o peixe, mas ensinamos a pescar, estamos permitindo que outros saibam que nossas habilidades podem ser de domínio público, de um todo. Eu acredito no coletivo!
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