Publicamos aqui há poucos dias sobre a saída do mestre de bateria Marcelo Dutra e sua diretoria das funções que exerciam dentro da escola de samba Os Protegidos da Princesa. A então direção da escola decidiu por afastar Marcelo do cargo depois de uma discussão que ele teve com um segurança de uma casa de shows do Estreito, onde a agremiação estava realizando seus principais eventos. Os dois tiveram uma discussão ferrenha, inclusive com xingamentos de baixo calão.
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Pois bem, nesta semana uma reviravolta aconteceu no pavilhão que deu origem ao Carnaval florianopolitano. Alguns dos componentes da própria bateria, denominada Groove da Favela, e de outros setores da Protegidos, decidiram parar seus trabalhos e protestar pelo retorno do Mestre Marcelo e seus diretores. O baixo contingente nos trabalhos que antecedem o desfile fez com que membros importantes da casa comunicassem seus afastamentos e, assim, Marcelo retornou. Na tarde da última quarta-feira, o assessor de comunicação, entusiasta da cultura e braço importante da escola, Sione Marcio, filho do saudoso Audilio Simões, deixou o cargo. Como se não bastasse, Caio Teixeira, até então presidente da Protegidos, também enviou uma carta ao Conselho deliberativo abrindo mão de seus afazeres.
Ao meu ver, a saída dos diretores de bateria junto com Marcelo atrapalhou e muito as evoluções para o Carnaval de 2019. O retorno fez com que viesse à tona uma lastimável realidade: as ordens de uma autoridade máxima da escola não foram acatadas, quando a intenção era a busca por disciplina. Agora, a saída de um presidente e de boa parte de sua equipe traz um desfalque ainda maior.
Desejo de todo o coração que o senhor Ricardo Abraham, presidente do Conselho, faça reviver a garra que Os Protegidos da Princesa mantém ao longo destes 70 anos de existência e que casos como este, que resultou em tanto desgaste e tristeza, sejam extintos do nosso Carnaval.
Ao povo do Morro do Mocotó, primeira comunidade habitada da antiga Desterro, berço do nosso samba e um dos redutos mais negros da capital catarinense, vai todo o meu axé.
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