Amados, em nenhum momento nestes nove dias de turbulências que temos enfrentado por causa das manifestações dos caminhoneiros, tracei uma linha sequer a respeito. Primeiro, porque acredito que, através da força do povo, podemos mostrar que de fato somos os verdadeiros donos deste País, e não as pequenas dúzias de homens engravatados que enchem seus bolsos às custas de toda uma nação ao longo da história.
Estive pessoalmente em um dos pontos de bloqueio e de manifestação, onde pude ver de perto a sagacidade de pessoas simples, ser abraçado por pais de famílias que estavam lá por uma mudança significativa no andar deste trem descarrilhado chamado Brasil.
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Confesso que fiquei emocionado diante de tanta união, de acompanhar frente a frente, ou até mesmo pela televisão, que há uma coletividade em prol de algo. Mas devemos nos atentar para os possíveis equívocos que podem surgir durante a luta, pois as batalhas de siglas partidárias nos levaram ao caos. Ou seja, os manifestos e aclamações por dias melhores devem estar dentro de um único propósito, de uma ideologia em massa que faça com que os dominadores entendam que cansamos de ser massa de manobra.
Não se pode permitir que num ano eleitoral possíveis candidatos e suas “facções” façam o povo perder o foco. “Estar unido não significa estar partido”.