Nesta terça-feira à tarde estive lá no CIEE para um desenrolo de bons papos com os jovens aprendizes, que fazem parte dos programas da casa. O que eu não esperava era que a recepção fosse tão bacana, que sairia de lá com um aprendizado ímpar. Como não queria dar apenas a minha percepção sobre tudo que rolou de legal por lá, decidi publicar o texto que minha colega jornalista Jéssica Schmidt, responsável pela comunicação da entidade, preparou com muito carinho:
Os aprendizes do CIEE Florianópolis receberam nesta terça-feira o jornalista Edsoul, para uma conversa sobre história de vida, protagonismo comunitário, fortalecimento de vínculos e igualdade.
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Edsoul foi recepcionado pelos jovens com uma apresentação de Rap, com composição do aprendiz Gustavo Duarte Moraes, 16 anos e participação de toda turma.
Em comemoração ao Dia do Jovem Trabalhador, 24 de abril, o jornalista iniciou o bate-papo questionando: “Quem aí mora em comunidade?” e explicando que todos nós moramos em comunidade, seja um bairro, prédio, periferia. “Quando assumimos que somos comunidade, assumimos também que somos coletivos, e, assim, chegamos em um processo igualitário”, afirmou.
Aos 39 anos, Edsoul contou sobre a infância e as dificuldades que enfrentou. “Fomos criados dentro de um morro, pela minha mãe. Sou um ex-filho da fome”, ressaltou.
O jornalista lembrou sobre o primeiro trabalho – informal, vendendo picolé, quando ainda tinha 10 anos e sobre a experiência de ajudar a mãe nas faxinas. Mesmo trabalhando com a mãe, nunca deixou os estudos. “Minha mãe sempre dizia que o estudo salvaria a minha vida”, relembrou.
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Durante a palestra, destacou sobre a influência das amizades e em como, alguns casos, pode ser destrutiva.
Apesar de toda animação e descontração, Edsoul concluiu o bate-papo afirmando: “O nosso lugar é onde quisermos, basta estarmos sadios de corpo e de mente. Nesta vida, somos eternos aprendizes”.