Meus queridos, decidi fazer um desabafo pessoal aqui no nosso Rolê da Hora. Ontem, fui com a equipe externa do Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV, para o Largo da Alfândega,
em Florianópolis, para as entradas ao vivo que já são rotina no programa.

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Pois bem, estávamos por lá estudando os temas que apresentaríamos para os telespectadores de todo o Estado quando começamos a ser surpreendidos por moradores de rua que estavam completamente fora de si, devido ao uso do crack.

Nossa equipe foi xingada, agredida verbalmente e nosso trabalho quase acabou prejudicado pelos atos impensados dos doentes. Mas não se trata de uma condenação pelos fatos e, sim, de uma reflexão sobre os atendimentos que são destinados a estas pessoas.

Estamos falando de seres humanos que têm suas histórias individuais, indivíduos que estão à margem da sociedade, amargando os vícios como condenação. O que podemos fazer para ajudá-los? Os imigrantes, desejam voltar para suas terras natal? A internação seria a solução mais viável para os que desejam se livrar do sofrimento trazido pelas drogas? Na boa, este problema é nosso. Por mais que sejamos segregadores enquanto sociedade, ainda somos um coletivo. Se admitirmos que o próximo também faz parte do mundo que vivemos, ele pode continuar distante, mas com a dignidade que merece.

Finalizo esta reflexão com uma pergunta endereçada à Secretaria Municipal de Assistência Social e demais autoridades do setor: Vamos estancar essa ferida, resgatando seres humanos? Não sou somente a favor, mas também me coloco a disposição. Me dói ver os nossos perecendo.

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