Nesta terça-feira pela manhã, participei do giro de notícias do Bom Dia Santa Catarina falando sobre as superlotações de duas delegacias de Polícia Civil da Grande Florianópolis. Na região de Palhoça, 10 presos ocupam desde a última quarta-feira uma única cela onde cabem somente dois. Na Central de São José, oito presos ocupam um lugar onde somente quatro deles deveriam estar. O resultado disso são agentes de polícia fazendo um trabalho que já deveria estar sendo executado pelo Departamento de Administração Prisional (DEAP), haja visto que cada um deles deveria permanecer por, no máximo, 24 horas nas dependências das delegacias.

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Por sua vez, o DEAP tem enfrentado problemas com interdição de presídios e a falta de vagas no sistema. Na boa, será que as autoridades ainda não notaram que a raiz do problema não é discutida ou lembrada? Tá certo que para as prisões que vêm sendo construídas é obrigatório ter um lugar digno para que essas pessoas cumpram suas penas, mas o que está sendo feito para que outros jovens não migrem para os meios obscuros da criminalidade?

Sabem o que vejo todos os dias? Projetos sociais sendo implantados e desenvolvidos por pessoas de bem, que através de pequenos convênios continuam acreditando no ser humano. São iniciativas que sequer recebem a ilustre visita de qualquer vereador que seja, ou de alguém que tenha outro intuito que não seja o de angariar votos.

Seria tão nobre se as secretarias estaduais de Assistência Social, Educação, Cultura Turismo e Lazer e até mesmo a de Segurança se unissem em prol de um verdadeiro investimento em projetos que envolvessem, sobretudo, crianças e jovens oriundos das periferias. Colocar dinheiro dentro das nossas comunidades, com um único objetivo: dar dignidade. Eu aposto, meus queridos, que veríamos inúmeros talentos sendo revelados e milhares de cidadãos de bem, prontos para fazer um novo futuro na região, no Estado e no País. 

“Enquanto alimentarmos a ignorância, a fome de bons cidadãos será o nosso martírio.”

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