Estamos trazendo hoje aqui, no nosso cantinho, um breve resumo da história de um dos artistas plásticos mais importantes da região: Décio David da Rosa, que nasceu em Florianópolis, em 3 de março de 1958. Artista nato e neto do poeta e músico catarinense João Rosa Júnior, Décio começou a carreira artística como bailarino, com atuação em várias companhias de dança do Brasil. Foi ainda professor de danças contemporâneas e jazz, e pela dança fez suas principais viagens.
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Iniciou-se nas artes plásticas aos 16 anos, quando estudante do Colégio Orientado para o Trabalho, em Blumenau, com experimentações em óleo sobre tela. Por volta de 1980, transferiu-se para Florianópolis. Em 1983, participou do IV Salão Catarinense de Novos Artistas, com três telas intituladas Oxalufan, Exú e Os Guardiães. Afastando-se da dança, passou a se dedicar à pintura, mantendo contato com artistas locais, entre os quais Martinho de Haro, Valda Costa, Meyer Filho e Rodrigo de Haro. Naqueles anos, participou também dos V e VI Salão Catarinense de Novos Artistas, no Museu de Arte de Santa Catarina. Em agosto de 1992, fez sua primeira mostra individual, na galeria de Arte do Palácio Barriga Verde.
Desde então, realizou várias mostras individuais e participou de outras coletivas. Obras suas estão espalhadas em diversos países: Rússia, Inglaterra, Japão, Espanha, Suíça, França, Eslováquia, em acervos privados. Fundou e coordena o Centro Cultural João Rosa Junior, voltado a trabalhar com artes integradas entre crianças e jovens.
Décio David traduz em suas telas a poiesis das cores e a história do cotidiano de uma Florianópolis negra. A pintura dele revela e desvela cores da cultura brasileira AfroAçoriana, seu universo recorrente, que enfatiza os folguedos folclóricos, o boi de mamão, interiores com vaso, casarios, negras e negros, natureza morta, dentro da linguagem Naïf.
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