Amados, é lamentável ver que nossos jovens estão indo na contramão de todas as medidas preventivas que envolvem o combate contra a Covid-19. É bem sabido por todos que nos acompanham aqui, que minha relação com as comunidades vão muito além de simplesmente retratar na televisão ou nos meios de comunicação do Grupo, a realidade dos guetos.
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Eu sou um fruto destes lugares, um preocupado com todas as evoluções e involuções que rolam. Na boa, tenho visto muitos moleques na rua, brincando e soltando pipa como se nada estivesse acontecendo, com se não estivéssemos vivendo a situação mais crítica quando se trata da saúde mundial. A situação fica pior quando nos finais de semana, famílias inteiras, grupos de amigos e vizinhos decidem fazer aquela churrascada sem nenhum distanciamento, uso de máscara ou higiene regulamentar das mãos.
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Especialistas estão dizendo por aí que as áreas mais vulneráveis, de novo, serão as que mais vão sofrer diante dessa pandemia louca que vivemos. Ainda assim, aglomerados sem consciência continuam sendo vistos, acompanhados e gravados nos morros. Na segunda-feira veiculamos no nosso Jornal do Almoço, uma matéria sobre o Morro do Mocotó, onde algumas lideranças comunitárias aparecem preocupadas com o crescimento da doença por lá.
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Reivindicaram mais atenção do poder público municipal, contaram que estão contando com o auxílio vindo de ONG’s e entidades sociais. A prefeitura se manifestou dizendo estar atendendo a população através dos serviços remotos dos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social), que deixam de ser remotos conforme o caso abordado. A prefeitura disse também que uma reunião está para acontecer com entidades da sociedade civil que possuem trabalhos voltados as comunidades, mas que o encontro foi adiado pela próprias instituições. Tem até um hotel disponível para os possíveis contaminados.
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Na boa, não adianta estarmos preocupados com a proteção de todos, se nossos jovens não entenderem que são tão responsáveis pela sobrevivência a Covid-19, quanto qualquer outro adulto. Fui questionado também, sobre os bailes funk que tem rolado por aí. E aqui assumo, mesmo que seja uma cultura das periferias, na minha humilde opinião, não é momento de realizar tais encontros. Defendo a tese de que a boa liderança é aquela que cuida do seu ambiente.