O que tem rolado por aí é simplesmente desastroso do ponto de vista estratégico para o crescimento dos políticos de comunidade. Numa breve conta que fiz sobre quantos dos nossos líderes comunitários sairão candidatos na próxima eleição, cheguei a um número que extrapola as eleições passadas. 

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Entre ilha e continente, mais de 20 comunidades florianopolitanas terão representantes concorrendo nas urnas. Isso, a meu ver, enfraquece demais as possibilidades de termos representantes populares com conhecimento de causa, a ponto de brigarem por projetos e leis que beneficiem os guetos. 

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Encontrei casos, inclusive, de lugares que vão ter dois (ou mais) candidatos dividindo votos. Na boa, esse era o momento que deveríamos mostrar unidade, reunir todos os bons combatentes e, quem sabe, escolher quatro nomes fortes para todas as quebradas mostrarem apoio nas campanhas eleitorais. Com essa disputa desnecessária, árdua e displicente, vamos de novo, ter sim pessoas bem intencionadas nos representando, mas sem nenhum conhecimento político de favela, ou ainda, das carências que existem dentro das ” invisíveis cidades” que existem dentro da capital. 

No meu humilde ponto de vista, se faz cada vez mais necessário, projetos voltados ao fortalecimento de possíveis candidatos das esferas populares. Imaginem, a molecada tendo aulas de gestão pública nas próprias associações de moradores? Cresceríamos com o conhecimento mais amplo e voltado para o que de fato faz um representante do povo.

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Assim, serão eleitos dois, no máximo. Registro aqui meus profundos lamentos pela desunião histórica que nos freia. Desejo sorte aos irmãos e irmãs.

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