Para muitos, o Carnaval não significa absolutamente nada e as funções continuam independentemente dos dias e noites de folia que tomam o país. Para outros, o período de festas momescas é quase que religioso. O Carnaval é época de vestir e realizar fantasias, de extravasar a dureza do dia a dia, de se divertir quase sem limites e aprontar horrores.
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Há ainda, aqueles que aguardem o ano inteiro para colocar seu bloco ou escola de samba na avenida, algo levado tão a sério quanto o próprio emprego. Os mais religiosos preferem retiros carregados de orações, cada vertente com suas rezas. Pois bem, se engana quem pensa que o mundão volta ao seu normal com chegada da quarta-feira de cinzas, a famosa ressaca de carnaval perdura até o primeiro final de semana da mesma semana.
Ou seja, na prática, o ano 2020 vai começar na próxima segunda-feira, que é quando todos os serviços públicos e privados estarão de volta a normalidade, quando o que o rolou no carnaval será guardado oficialmente na memória, ou, nos cartões de memória de celulares, tablets e câmeras.
Vamos de novo, batalhar pelo pão nosso de cada dia, voltaremos ao anonimato e ao proletariado que pertencemos. Deixaremos de ser reis e rainhas, o estrelato momentâneo passou e agora, nos resta sobreviver novamente. Não esqueçam, ainda que não usemos coroas ou roupas reais, somos nós os donos deste território.
Abram os olhos, 2020 é um ano eleitoral e as fantasias de bons samaritanos vão começar a aparecer, mesmo não sendo fevereiro. Ou seja, não faça do seu título de eleitor um ingresso para um desfile de horrores. Ao contrário do que rola no carnaval que são somente quatro noites, podemos amargar longos quatro anos sendo representados por quem não nos representa. Se liga, Brasil!
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