Quem diria que, em pleno século XXI, estaríamos diante de um pavor único entre todas as nações? Quem poderia adivinhar que seríamos impedidos de ir e vir e que mal coordenaríamos nossas ações? Aqui estamos nós, tentando nos esconder e temendo o invisível, procurando nos esquivar do imprevisível, lutando para sobreviver ao mal que tantos já provaram ser impossível. Sabe, o avassalador nos dominou. Fez entendermos que, diante da dor, somos iguais, e quem achava que não éramos, calou-se.
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Hoje, não há dinheiro que pague a cura. Estamos enfrentando juntos, muitos com menos, outros com mais estrutura, mas, diante do que estamos vendo e vivendo, de que adianta ter ou não o tão suado dinheiro? Até em navios esse vírus se meteu. Está nos shoppings, nas ruas, nos metrôs… A verdade é que nossa realidade, e a de todos, está sendo nua e crua.
Adivinhem quem de novo vai sair mais prejudicado disso tudo? Sim, aqueles mesmos que carregam no lombo o peso de ser proletariado. É você mesmo, favelado. Agora é a hora de gritar por socorro e esperar a salvação chegar. Depois que essa onda passar me conte sobre quantos braços na sua direção você viu esticar.
De coisas boas as quebradas estão cheias, precisamos de boas intenções, de bem intencionados. Mas não somente daqueles que andam com a gente lado a lado, dos projetos sociais, as iniciativas e entidades que já têm, costumeiramente, nos amparado. Necessitamos de luz, e não daquela que nos ilumina, precisamos de atitude de quem, com a caneta, designa.
Esqueçam o mimimi que foi criado, ele não passa de um falso termo. Ajude e corra. Salve vidas enquanto há tempo, depois que o mal se instalar no gueto, será tarde, vamos levar anos para recompor as vielas, somente porque os que tinham mais foram covardes.
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Estenda a mão, tome atitude mesmo que seja raro. Pense que, diante de um mal exposto, não importa quem é escuro ou claro. Essa parada não é uma questão étnica ou de ética. É para todos, héteros, gays, trans, lésbicas…
Numa hora dessas não existem, ou não deveriam existir, os inimigos partidários. Somos uma só nação, mesmo que nossas ideologias e nossos lados sejam contrários. Não ignore o que nos foi dado pelas divindades, a existência.
Precisamos nos salvar juntos, de mãos dadas. Nossa meta é básica: A Sobrevivência!