Quem teve a oportunidade de passar pela Mostra Laboral do Sistema Prisional Brasileiro, que está acontecendo no Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, em Canasvieiras, pôde apreciar apresentações magníficas na tarde de ontem. Um exemplo foi a apresentação teatral feita por mulheres que cumprem pena no presídio feminino de Florianópolis. Foi através do estilo Vulsh, que segue um roteiro de jogos e exercícios de improvisação.
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A performance é resultado dos ensaios desenvolvidos durante alguns encontros no decorrer deste ano. O número de atrizes não é fixo, ficando a cargo do encenador a delimitação, sendo assim, para que os jogos e exercícios aconteçam é necessário um número significante de participantes. A construção de imagens e o jogo de improvisação recebe influência do contato em junho com a professora Ashley Lucas, da Universidade de Michigan (EUA), coordenadora do PCAP – um dos maiores projetos de arte em prisões do mundo.
“É a primeira vez que conquistamos essa possibilidade de apresentar fora da prisão para um público importante, formado por gestores que pensam possibilidades de mudança de estruturas do sistema prisional brasileiro”, foi o depoimento coletivo do grupo.
Para o coordenador do projeto, professor Dr. Vicente Concílio, o objetivo foi alcançado, já que as aulas são parte do programa de extensão Pedagogia do Teatro e Processos de Criação, que tem parceira com o Novos Horizontes, que é um programa de extensão da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
Para o diretor de teatro Yuri Lima Cabral, que também trabalhou diretamente com as meninas, a experiência está sendo ótima, pois elas passam a se ver de outra forma e isso transforma tudo. E só está sendo possível graças à abertura que estão recebendo do Estado e principalmente do comando do Presídio Feminino de Florianópolis.
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Parabéns, amadas!