Minhas parceiras do Grupo Amigas Crespas
Minhas parceiras do Grupo Amigas Crespas (Foto: Pedro Machado / Divulgação)

A abolição da escravatura no Brasil foi resultado de um processo longo e concluído por meio de muita mobilização popular, fugas e rebeliões por parte dos escravizados. Diferentemente do que os defensores da monarquia afirmavam, não aconteceu por uma decisão de bondade da princesa Isabel, mas foi resultado de uma intensa mobilização popular que pressionou a monarquia brasileira a abolir o trabalho escravo no Brasil. 

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A abolição da escravatura foi um processo lento e gradual que se estendeu no Brasil ao longo de grande parte do século XIX. A pressão do movimento abolicionista e os distúrbios causados pelas formas de resistência e luta dos escravizados forçaram o Império a abolir essa forma de trabalho.

Com a Lei Áurea, os negros permaneceram marginalizados na sociedade, uma vez que as políticas de integração social e econômica não foram realizadas, e o racismo permaneceu como um problema grave na sociedade brasileira. Com a Lei Áurea, assinada em 13 de maio de 1888, aproximadamente 700 mil escravizados foram “libertos” e “jogados” as margens da sociedade.

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Por aí é possível ter noção do racismo estrutural enraizado em nosso país, é possível entender como e porque se deu a formação das “favelas”, perceber também essa incessante desigualdade social, invisibilidade, o descaso e tudo mais que ronda o racismo hoje tão velado. 

E se você é do grupo que fala que racismo não existe, sinceramente, você está sendo tão racista quanto quem assume que é, reveja as formas de racismo, dizer que algo que mata muitos de nós não existe é fazer parte de um genocídio real. Assumir o racismo e se colocar no lugar de buscar entendimentos, informações, se colocar em desconstrução, é um bom começo para auxiliar nas buscar por mudanças tão almejadas por muitos. 

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Foram muitos avanços, precisamos comemorar sim, principalmente por quem deu a vida lutando, por quem abriu caminho para que possamos continuar a trilhar nesse grande movimento de transformações ainda tão necessárias. 

Mas viver com medo não é liberdade! Portanto, a luta continua.

Deixamos aqui a reflexão: O que vocês tem feito mediante a uma dívida social histórica?