Luto e tristeza geral atingiram policiais militares e civis catarinenses com o trágico fato envolvendo o casal de policiais em Natal, no Rio Grande do Norte, na segunda-feira. A soldado Caroline Pletsch, 32 anos, foi morta a tiros. O marido dela, sargento Marcos Paulo da Cruz, 43, levou dois tiros e sobreviveu. O estado de saúde dele seria estável e não corre risco de morte.

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— Nós policiais estamos sujeitos 24 horas à barbárie que está instalada no Brasil e com o agravante de quando é identificado que é policial a morte é certa — lamenta o presidente da Associação Nacional dos Praças (Anaspra) e sargento da PM de SC, Elisandro Lotin.

A exposição por ser policial, conforme ressalta Lotin, costuma ser fatal entre criminosos quando são identificados pela profissão, principalmente durante roubos. E mesmo que haja a possibilidade de ter havido reação, nada justifica tamanha violência.

Para o comandante-geral da PM em SC, coronel Araújo Gomes, essa condição de confronto com as facções criminosas está levando à práticas de violência que se assemelham ao terrorismo.

— Essa discussão precisa ser feita: se o combate às facções não deveria ser passado para a lei do terrorismo, com maior rigor e capacidade de investigação — ressalta o comandante.

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A PM catarinense enviou a Natal dois policiais militares para ajudar nos procedimentos e dar apoio aos familiares, entre eles uma assistente social. A medida é elogiável e foi bem vista entre a categoria. A Associação de Praças de SC (Aprasc) também destacou um diretor a Natal. Nas redes sociais, a categoria demonstra luto e sentimento de tristeza, além de preocupação com a situação da profissão diante do crescimento da criminalidade no País.

Casal de policiais militares de SC é baleado em assalto em Natal

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