A soltura do segundo foragido da Justiça capturado em Santa Catarina, no período de uma semana, mostra muito mais que a falta de vagas no sistema prisional. A integração entre as polícias Militar e Civil, o Judiciário e o Ministério Público de SC é um ponto que deve ser questionado.
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Algum juiz plantonista foi consultado antes da liberação do homem preso em Florianópolis na noite de terça-feira? Algum promotor de plantão foi procurado no plantão noturno?
Estas perguntas são chaves para se apontar o que está havendo diante do segundo caso de alguém com mandado de prisão ser solto por falta de lugar para ser encarcerado e cumprir a pena no Estado. Isso já havia acontecido em Imbituba na semana passada e agora aconteceu na Capital, conforme reportagem do jornal Hora de Santa Catarina.
Os secretários da Segurança Pública, Alceu de Oliveira Pinto Júnior, e da Justiça e Cidadania, Leandro Lima, precisam se inteirar a fundo do que está acontecendo, lançar medidas urgentes para que os fatos não se repitam e impedir a cômoda situção de soltar um detento por falta de vaga. Protocolos de atuação diante do impasse, com envolvimento do Judiciário e do Ministério Público de SC são fundamentais e devem ser editados antes que a sociedade pague o preço da impunidade por criminosos soltos nas ruas.
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