Duas operações policiais da Deic esta semana miraram a facção criada em Santa Catarina e o tráfico de drogas.
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A ação Conexão 2 aconteceu nesta sexta-feira na Grande Florianópolis e prendeu sete pessoas, quatro delas em flagrante.
O delegado da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Deic, Antônio Joca, conta nesta entrevista como criminosos se envolvem com as facções e a venda de drogas no Estado.
Confira os principais trechos:
Por que tantas pessoas se envolvem com facção?
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O comércio aqui é muito rentável, mercado consumidor forte, cidade turística, muita gente de fora, poder aquisitivo alto e determinados pontos dessas comunidades acabam sendo dominados por um grupo. O cara ou se insere ou não. São poucos atuando no tráfico de forma autônoma.
A maioria dos pontos é dominado por facções?
Não digo facções, mas por grupos criminosos.
O que os presos dizem ao serem presos?
São poucos que confessam. A maioria dos envolvidos nem imagina que há investigação complexa por trás. Estão vendo agora que a Draco está fazendo um trabalho forte em cima.
Por que continuam no crime?
Ao entrar no sistema prisional a maioria acaba se inserindo num grupo que ele tem o convívio e acaba sendo assediado pela facção criminosa. Muitos cedem e acabam sendo batizados. Tem gente que não entra, vai para o seguro, outra ala. O crime se organizou, são verdadeiras empresas. Acho que é o comércio mais rentável, não paga imposto, nada, compra e revende droga.
E o tráfico no Morro da Mariquinha, área central de Florianópolis?
O líder já estava preso e condenado. Na cadeia se dizia liderança da facção no local e continuava agindo no tráfico. Uma questão preocupante também que temos observado é a questão das armas de fogo. Traficantes estão investindo em armas para as disputas territoriais, manter o domínio.
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