Após a apresentação dos índices do semestre, o secretário de Segurança Pública, Alceu de Oliveira Pinto Júnior, conversou com a reportagem sobre o desafio de manter em queda a criminalidade no Estado até o fim do ano.
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Alceu também respondeu sobre temas espinhosos da área. Entre eles, o aumento das mortes em confrontos com a Polícia Militar e a recente chacina ocorrida em Canasvieiras, na Capital. Confira as principais partes:
Como manter a redução dos homicídios e dos roubos no segundo semestre?
Afinar, continuar afinando a inteligência, o mapeamento de lideranças e principalmente da migração da criminalidade que pode acontecer agora e a gente tem que conseguir reduzir.
Em relação às mortes em confrontos policiais, houve aumento significativo em Florianópolis e no Estado. O que está sendo feito de concreto para reduzi-las?
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Todos os confrontos são um problema. O ideal é que nós não tenhamos nenhuma necessidade de confronto até para não pôr em risco o próprio policial militar. Cada vez que acontece um confronto o policial também está em risco e toda a comunidade que não tem nada a ver com a criminalidade também está em risco. Temos trabalhado com programas Stop Fire, o cuidado com a inteligência em relação à atuação das polícias para que elas tenham maior número de informação e não sejam surpreendidas e tenham necessidade de entrar em confronto.
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É algo a ser aprimorado?
Com certeza é algo a ser aprimorado, principalmente com o fortalecimento da inteligência, o policial ir em condição de ele surpreender e não correr o risco de ser supreendido.
Apesar da importante queda nos homicídios, houve uma recente chacina em Florianópolis com repercussão nacional. O senhor acompanha esse caso? Como está a investigação?
Tenho acompanhado a investigação. A gente viu que não teve envolvimento de organização criminosa e muito menos vinculação com Santa Catarina. Temos tratado como algo grave, claro, cinco mortes, mas uma situação bem pontual que poderia ter ocorrido em qualquer lugar do Brasil.
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Mas e a motivação? A polícia avançou?
Boa parte dela sim e boa parte da chegada até em quem está envolvido. Tem relacionamento negocial.
Há garantia de recursos para a segurança pública neste semestre?
Acredito que sim. Temos sido bem econômicos, surpreendendo na quantidade de recursos utilizados e nos resultados. Estamos com canais de projetos importantes, com fundos nacionais.
O sistema prisional, que não está na sua pasta, está em decreto de emergência (falta de vagas). De que forma estão trabalhando na segurança para resolver em conjunto este impasse?
Tem um trabalho de um grupo muito grande que envolve Tribunal de Justiça, Secretaria de Segurança Pública, Secretaria da Justiça e Cidadania. A qualificação das prisões tem sido um problema para a Secretaria da Justiça e Cidadania. Estamos colocando na prisão gente com maior envolvimento em crime organizado e o Tribunal de Justiça tem sido grande parceiro, tanto com a ampliação das tornozeleiras eletrônicas, e o governo do Estado ampliando vagas e chamamento de concurso para agentes prisionais.
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