O Tribunal do Júri condenou a 17 anos, 11 meses e 28 dias de prisão um homem acusado de atropelar um policial militar no bolsão da Avenida Beira-Mar Norte. O julgamento aconteceu no Fórum de Florianópolis na tarde desta terça-feira.

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Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, o réu Matheus Fraga Bortolo deverá cumprir a pena em regime fechado. Ele foi condenado por tentativa de homicídio e dois furtos, entre eles um carro. O crime ocorreu no dia 8 de julho de 2017. O PM foi atingido ao abordar o veículo suspeito.

"Carro passou por cima da vítima"

– Foi triplamente qualificado (tentativa de homicídio) e mais dois furtos. Ele furtou o carro naquele chapolin (aparelho que bloqueia o sinal do controle de alarme do veículo) e depois passou por cima do policial, que sobreviveu, mas ficou seis meses sem trabalhar – disse o promotor Andrey Cunha Amorim, que atuou na acusação.

Defensoria Pública vai recorrer

A defensora pública Fernanda Mambrini Rudolfo, responsável pela defesa do réu, afirmou que irá recorrer da sentença no Tribunal de Justiça de Santa Catarina e se necessário nos demais tribunais superiores.

– Ele (Matheus) nega todos os fatos e há muitas falhas nos elementos apresentados pela investigação e pela acusação. O próprio promotor diversas vezes mencionou tais falhas, dizendo que o caso era muito grave e, por isso, legitimaria atuação equivocada. Afirmava que só assim haveria justiça. Mas a gravidade não afasta o cumprimento da lei – declarou Fernanda.

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Segundo ela, a defesa abordará três pontos: o desrespeito a várias regras que impede a validação de elementos usados como provas, cerceiam a defesa e violam o processo penal constitucional; a falta de substrato probatório quanto a culpa pelos três delitos e, subsidiariamente, a redução da pena aplicada.

"Inocente"

– Tenho certeza de que mesmo vítimas e seus entes queridos não querem alguém inocente pagando por atos apenas porque foram graves – completou a defensora.

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