O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Marcos Ghizoni, trata como uma quadrilha empresarial os alvos presos na operação ALL IN contra o tráfico de drogas na região de Garopaba e Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (22).

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A ação ocorre nos dois Estados do Sul e em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, região fronteiriça com o Paraguai e principal fornecedora de entorpecentes para o Brasil.

A investigação começou em fevereiro a partir da apreensão de duas toneladas de maconha em uma casa em Garopaba.

– Não é uma organização criminosa de facção, mas uma quadrilha de modo empresarial, que utilizava diversas empresas como lavagem de dinheiro do tráfico. Uma delas teria movimentado mais de R$ 3 milhões ao ano – disse Ghizoni, ainda mantendo o sigilo do setor em que elas atuavam.

"Topo do tráfico"

Um dos ramos seria o de pousadas no litoral Sul catarinense. Para Ghizoni, trata-se de um esquema de tráfico aprimorado em que a polícia conseguiu chegar ao topo dos traficantes, que são catarinenses e gaúchos.

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– O pior do tráfico de drogas está onde não se vê ou se desconfia – comentou o chefe da PC.

Uma das fotos divulgadas pela Polícia Civil mostra uma casa de três andares com piscina, que foi alvo de busca e apreensão.

O delegado-geral afirmou que houve sequestro de bens determinado pela Justiça, mas não deu detalhes dos endereços. Informações sobre a operação serão divulgadas em entrevista coletiva pela manhã, em Garopaba.

Operação de repressão ao tráfico cumpre 35 mandados de prisão

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