O comando da segurança pública de Santa Catarina afirma ter registrado pelo menos 82 ocorrências eleitorais durante o horário de votação no domingo, no Estado. A maioria foi boca de urna. No total, em 16 casos houve encaminhamento à delegacia de polícia.
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– A nossa análise é que tivemos uma eleição bem mais tranquila, calma, sem grandes alterações ou grandes problemas – disse o secretário de Segurança Pública, Alceu de Oliveira Pinto Júnior, no Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd), em Florianópolis.
Na entrevista coletiva, o comandante-geral da PM, coronel Araújo Gomes, destacou duas ocorrências.
A primeira de uma pessoa presa em Morro da Fumaça, no Sul, que entrou no local de votação com uma marreta e destruiu a urna eletrônica.
– A polícia não fica dentro da zona eleitoral ou cuida do controle de acesso. Então não sabemos como essa pessoa entrou – ressaltou Gomes.
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A segunda ocorrência mais destacada, conforme o comandante, foi a da prisão do prefeito de Governador Celso Ramos, Juliano Duarte Campos (PSD), por denúncia de boca de urna, na cidade.
O comandante afirmou que o prefeito assinou um Termo Circunstanciado (TC) e foi liberado, ainda no meio da tarde.– Recebemos alguns vídeos que comprovariam a denúncia – acrescentou o comandante.
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Prefeito nega crime eleitoral
Em seu relato à PM, o prefeito Juliano afirmou que estava com santinhos porque é político e negou qualquer crime eleitoral. O prefeito ressaltou ainda que pediu aos PMs que fiscalizassem outros grupos de pessoas que permaneciam nas proximidades do local de votação.
— Saltei para cumprimentar algumas pessoas e de repete me de deparei com uma viatura que parasse de fazer boca de urna. Estava com santinho porque usava a mesma de ontem. Em momento algum me pegaram dando santinho a alguém — disse Juliano ao repórter Júlio Ettore da NSC TV.
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Cerca de dez mil policiais militares foram mobilizados, além de 1,5 mil viaturas em todo o Estado. Foi a maior operação da PM em 2018.
Nestas eleições, a segurança fez um trabalho também de monitoramento de redes sociais por policiais dos setores de inteligência.
Videoconferência nacional
Foi a primeira eleição com a utilização do Cigerd. O prédio do governo do Estado foi inaugurado em maio, no Continente, junto à Defesa Civil. Estiveram integrados representantes das polícias, bombeiros e demais órgãos. A primeira operação no local havia sido durante a greve dos caminhoneiros, também em maio.
Durante o dia, houve duas videoconferências nacionais dos Estados com o ministro da Segurança, Raul Jungmann, e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. Cada Estado apresentava um balanço da situação e o andamento dos trabalhos em tempo real.
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Morte de policial civil
Um fato triste foi a morte em acidente de trânsito da policial civil Nayara Mattos, que perdeu o controle da viatura e bateu em um poste na SC-410, em Tijucas, por volta das 10h de domingo. Ela estava destacada para o plantão das eleições.
O delegado geral adjunto da Polícia Civil, Luiz Ângelo Moreira, lamentou a morte da policial. O fato entristeceu colegas policiais de todo o Estado.
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