Dois inquéritos vão apurar a morte do adolescente de 16 anos na manhã de domingo, na comunidade Chico Mendes, parte Continental de Florianópolis. Um conflito de versões marca o caso: a Polícia Militar afirma que ele morreu em confronto policial e familiares dizem que ele não estava armado e foi morto por PMs.
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Há o inquérito policial da Delegacia de Homicídios e um inquérito policial militar pela corregedoria da Polícia Militar. A reportagem checou esta informação com o diretor da Polícia Civil na Grande Florianópolis, delegado Verdi Furlanetto, e com o comandante-geral da PM em Santa Catarina, coronel Araújo Gomes.
A abertura desses procedimentos é comum nesses casos. Em ambas as apurações, elas serão enviadas ao final a um promotor do Ministério Público de Santa Catarina e depois a um juiz.
Neste episódio, a família contesta a versão policial, afirma que o adolescente não estava armado e que a polícia chegou atirando. A PM afirma que a guarnição fez incursão, foi recebida a tiros e que o garoto portava uma pistola.
Ontem à noite, houve protesto na região pela morte. Moradores queimaram objetos e trancaram a Via Expressa (BR-282). Não houve crimes como se chegou a se espalhar em redes sociais.
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Mas houve medo, motoristas retornando pela contramão e a inevitável lembrança da violência no bairro Monte Cristo. A região é historicamente dominada por traficantes e no passado recente foi palco de intensos tiroteios a ponto de ser conhecida como “faixa de gaza”.