Em seu discurso de posse como superintendente regional da Polícia Federal em Santa Catarina, a delegada Paula Dora Aostri Morales, anunciou a criação do Grupo de Investigações Sensíveis (GIS). A equipe atuará especificamente em ações de inteligência voltadas para o combate ao tráfico de drogas, às facções criminosas, ao crime organizado e à lavagem de dinheiro.

Continua depois da publicidade

– É uma grande ferramenta de investigação que a Polícia Federal traz como forma de integração com os demais órgãos de segurança pública para enfrentar a criminalidade que assola o Estado – disse a superintendente aos jornalistas, após a solenidade na tarde desta terça-feira, em Florianópolis.

A delegada substitui no cargo o delegado Marcelo Mosele. A mudança aconteceu em razão da troca no comando nacional da PF, ainda em 2017. Paula é natural de Córdoba, na Argentina, mora no Brasil desde os anos 1980 e entrou na PF em 2003. Ao longo da carreira, atuou dez anos em Brasília e está desde o ano passado em SC, quando foi convidada a trabalhar no Estado pelo delegado Mosele.

A nova número 1 da PF em SC declarou que teve a aprovação da direção nacional para criar o GIS diante do nível de necessidade de trabalho aliado às ações estratégicas. O então diretor-geral da PF, Fernando Segovia, cancelou a vinda em razão da posse em Brasília do ministro da Segurança Pública. Em seu lugar compareceu o diretor de investigação e combate ao crime organizado, Eugênio Ricas.

– No ano passado tivemos aumento nas operações de combate ao tráfico de entorpecentes. Hoje, se nota a crescente atividade de grupos organizados e por esse motivo, como forma de fazer frente ao problema, trazemos esse grupo especial para SC – reforçou Paula, prometendo trabalhos visíveis nos próximos 60 dias.

Continua depois da publicidade

Para a superintendente, a violência em SC está ficando em situação bastante complexa e requer coordenação do Estado de forma urgente. Ela afirmou que há ações previstas com as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal para os próximos meses.

Ouvidos Moucos terá grupo de fora para concluir inquérito

A superintendente informou que um grupo de policiais federais vindos de várias partes do País vai concluir a Operação Ouvidos Moucos. Deflagrada em setembro de 2017, a ação investiga desvios de recursos para cursos de Educação a Distância na Universidade Federal de SC (Ufsc) e o inquérito ainda não foi remetido à Justiça.

– Não posso falar sobre investigações em andamento, mas posso garantir a vinda de um grupo capitaneado por um novo delegado extremamente experiente. Ele contará com apoio do grupo vindo de diversas partes do país para que a sociedade catarinense tenha fatos, capitulação legal e relatório final a ser apresentado à Justiça com seriedade e imparcialidade. O grupo já está em SC aguardo ansiosamente o desfecho do trabalho a ser apresentado – assinalou.

Sobre a delegada Érika Marena, que comandou a Operação Ouvidos Moucos, a PF confirmou a nomeação dela na semana passada como superintendente regional em Sergipe.

Continua depois da publicidade

Leia todas as publicações de Diogo Vargas