A Operação Anjos da Lei prendeu 108 pessoas por tráfico de drogas no entorno de escolas em Santa Catarina. Também foram apreendidos cerca de 70 quilos de drogas, entre maconha (mais de 60 quilos) e cocaína.

Continua depois da publicidade

A Delegacia Geral da Polícia Civil apresentou os resultados na manhã desta quinta-feira. O balanço é considerado significativo e mostra a dimensão da problemática dessa realidade em que traficantes buscam as regiões de estabelecimentos de ensino para agir.

Dos 108 presos, 36 foram autuados em flagrante e 72 tinham mandado de prisão em aberto. A maioria das ações policiais aconteceu em Joinville, Florianópolis, Chapecó e Lages, mas houve ações em praticamente todas as cidades catarinenses.

– As ações abrangem investigações que já vinham sendo feitas nos entornos de todos os tipos de escolas, estaduais, municipais, particulares e cursos – disse o delegado-geral adjunto, Luiz Ângelo Moreira.

Segundo ele, foram presos tanto traficantes responsáveis pela venda chamada “formiguinha” em pequena quantidade quanto responsáveis pelo tráfico. O delegado informou que os envolvidos têm ligações com facções criminosas. Adolescentes também foram apreendidos.

Continua depois da publicidade

A polícia agiu entre 6h e 9h e perto do meio-dia, horários de movimentação na região das escolas. A ação foi conjunta e simultânea no Rio Grande do Sul e Paraná. Ao todo, foram apreendidos nos três Estados 308 quilos de entorpecentes: 297 de maconha e 11 de cocaína e 165 armas.

Os policiais não chegaram a entrar nos colégios. O nome da Operação foi denominado Anjos da Lei Fase Sul 300, pois a Polícia Civil pretendia atuar na região de três centenas de estabelecimentos de ensino, nos três Estados do Sul. Na avaliação do delegado, a polícia superou a meta e atingiu mais de 500 escolas.

Ele destacou a participação da polícia com a Secretaria de Estado da Educação e afirmou que a parte seguinte da mobilização contemplará trabalhos preventivos como palestras por policiais aos estudantes.

Na segunda-feira, os gerentes regionais de educação tratarão do assunto com o delegado-geral adjunto em Florianópolis.

Continua depois da publicidade

– Vamos intensificar as palestras para aumentar a proximidade da polícia com os alunos e também abordar a questão da saúde para falar das consequências das drogas – destacou a secretária de Estado da Educação, Simone Schramm.

"Até quando ficarão presos?", questiona delegada

Em Joinville, a polícia atua há mais de um ano com investigações no entorno de colégios. Há atividades dos policiais civis com visitas aos colégios e teatro com fantoches.

A delegada regional, Tânia Harada, disse que uma das dificuldades da polícia é o pouco tempo que os traficantes permanecem na cadeia.

– A pergunta que faço é quanto tempo eles ficarão presos? Aqui em Joinville observamos que a maioria dos envolvidos tem antecedência criminal. Todo o dia há prisão em Joinville por tráfico – ilustrou a delegada.

Continua depois da publicidade

Na Grande Florianópolis, policiais da divisão de narcóticos da Deic focaram as apurações no entorno das escolas, conforme a diretora-adjunta Eliane Chaves.

Disque-denúncia

O número 181 é o disque-denúncia da Polícia Civil. Redes sociais da polícia também podem ser utilizadas para o repasse de informações em mensagens privadas.

​​​​​​Leia mais notícias análises de Diogo Vargas​​​​​​​​​​​​