O conflito entre facções criminosas em Florianópolis e região, dado como principal responsável pela grande parte das 171 mortes violentas na Capital em 2017, tem um arsenal nas mãos de criminosos como propulsor da violência.
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O número de armas apreendidas apenas nos dois últimos meses pela Polícia Militar na Operação Perseu, desencadeada a partir de novembro, é considerado alto. Foram 113 armas recolhidas, sendo 90% delas pistolas semi-automáticas de calibre restrito e de fabricação estrangeira (norte-americanas, austríacas, turcas…). Um percentual de 10% envolveria fuzis e submetralhadoras.
Os dados são do subcomandante da PM em Santa Catarina, coronel Araújo Gomes, que se diz impressionado com a média de 2,3 armas apreendidas ao dia pela PM apenas nesses dois meses. Desde janeiro, a quantia é ainda maior: 469 armas apreendidas na Grande Florianópolis.
A Operação Perseu é realizada em Florianópolis, São José e Palhoça em áreas com grande freqüência de incidência de violência. A PM afirma que até 75% do armamento recolhido estão inseridos no contexto do tráfico de drogas. A suspeita é que facções com comandos de outros Estados estejam enviando o arsenal a Santa Catarina justamente para o conflito entre os bandos por espaço no tráfico.
A facilidade pela qual essas armas estão entrando em solo catarinense é um questionamento latente no meio policial local. Policiais suspeitam que seja pela fronteira com a Argentina, via Dionísio Cerqueira, e também pelo Paraguai.
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