No balanço de gestão, o governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) afirmou a jornalistas ver com temor a proposta do futuro governador Carlos Moisés (PSL) de não ter a figura de um secretário na Secretaria de Segurança Pública.

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– Tenho temor. A não ser que ele (Moisés) se intitule: ‘Eu sou o secretário da Segurança’ e assuma isso. Vai ser uma decisão dele e ele tem todo o direito de tentar – declarou Pinho hoje (19) de manhã, no Centro Administrativo.

A intenção de Moisés é ter uma gestão compartilhada na segurança entre as polícias, os Bombeiros e o Instituto Geral de Perícias, com uma presidência da equipe acontecendo em um rodízio anual por instituição.

Antagonismo das polícias

Pinho lembrou da existência do antagonismo entre as polícias Militar e Civil e a necessidade de um secretário com perfil conciliador, característica que afirma ter o atual secretário, o advogado e professor Alceu de Oliveira Pinto Júnior.

– Eu tive um conciliador para aglutinar as forças antagônicas e tinha dois homens de rua – disse, ilustrando o comando da área com Alceu, o coronel Araújo Gomes na PM e o delegado Marcos Ghizoni à frente da Polícia Civil.

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O governador revelou ainda uma curiosidade na área. Antes de Alceu, convidou o advogado e desembargador aposentado Nilton Macedo Machado para o cargo. Macedo recusou, mas disse a Pinho que se fosse secretário teria Alceu como adjunto.

Resultados

Pinho pontuou a redução de 20% dos homicídios este ano como o melhor resultado de sua gestão. Além dos comandantes escolhidos, citou a garantia de recursos para as operações policiais, que saltaram de R$ 49 milhões para R$ 60 milhões.

Ele citou ainda a decisão de redirecionar verba da construção de delegacias do interior para equipamentos e viaturas às polícias.

Ressaltou a Operação Ferrolho da PM como “exemplo ao País”. A iniciativa fechou temporariamente mais de 300 pontos de divisa e fronteira de Santa Catarina.

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Defesa de Araújo Gomes

Indagado sobre o futuro comandante da PM no governo de Moisés, Pinho defendeu a permanência do coronel Araújo Gomes, ainda não confirmado pelo governador eleito.

– Seria uma temeridade (trocá-lo) – opinou.

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