O vice-governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB) anunciou na manhã desta terça-feira, na inauguração da Penitenciária Feminina, em Criciúma, que Leandro Lima será o novo secretário da Justiça e Cidadania no lugar de Ada De Luca (PMDB).
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Lima, atual secretário-adjunto da Justiça, era o nome natural para a função e vinha sendo especulado como o substituto de Ada, que deixará a pasta para concorrer novamente nas eleições – atualmente é deputada estadual licenciada. O nome de Lima no cargo saiu durante fala do ministro da Justiça, Torquato Jardim, em tom descontraído.
Em seguida, ao discursar e citar as autoridades presentes na solenidade, Pinho Moreira confirmou que Lima será o futuro secretário da Justiça e Cidadania e ainda brincou que o ministro estava bem ligado em Santa Catarina.
Torquato esteve em Florianópolis na sexta-feira para anunciar o projeto “Mulheres Livres”.
Agente penitenciário, ex-diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Lima foi nos últimos anos o principal porta voz da secretaria, principalmente durante as situações de crise no sistema prisional. Além disso, era o principal articulador das medidas técnicas e operacionais da pasta, tendo sido destacado inclusive em eventos nacionais para debater a respeito.
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Na inauguração em Criciúma, Pinho, que assumirá o governo em fevereiro, fez elogios a Ada, a Lima e aos integrantes da equipe, conforme divulgou a sua assessoria:
– Franca, corajosa, enfrentou batalhas imensas e não se curvou a indicações políticas na área, que é eminentemente técnica. O mérito é dela e da equipe – destacou o vice-governador sobre Ada De Luca após enumerar que foram abertas mais de sete mil vagas e investidos mais de R$ 300 milhões no sistema prisional, nos últimos anos.
– Santa Catarina pode e vai melhorar, mas somos um dos Estados mais avançados do Brasil – disse Pinho.
Apesar dos números, o sistema prisional catarinense enfrenta superlotação, há unidades interditadas e com estruturas inadequadas, a presença de facções criminosas e uma grande dificuldade da secretaria em construir novas prisões na Grande Florianópolis. Prefeitos recusaram receber cadeias e houve poucos avanços políticos ou judiciais.
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