Há pouco mais de dez dias, as forças de segurança realizam a Operação Veraneio. A maior concentração, naturalmente, está no litoral. São milhares de envolvidos, entre policiais e bombeiros. Os R$ 35 milhões empenhados pelo Estado dão a dimensão do aparato.

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Mas talvez o alerta principal ainda seja um dever do próprio veranista. Turista ou morador local. Evitar a exposição a riscos desnecessários pode ser um bom começo para curtir o descanso e as belezas naturais catarinenses.

Mortes

Nas últimas semanas, na pré-temporada, um fato chamou a atenção dos bombeiros: houve três casos de mortes por acidentes em costões de praias da Grande Florianópolis. Momentos que eram para ser de apreciação ao mar tiraram vidas. Uma tragédia. Como isso acontece?

– As pessoas acabam se arriscando muito, vão na beirinha para tirar uma foto legal. Só que o mar às vezes parece que está de um tamanho, mas daqui a pouco vem uma onda maior e chega num local que aparentemente não chegaria – avisa o capitão Bruno Azevedo Lisboa, comandante do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS), em Florianópolis.

A dica dos bombeiros é ficar longe da beirada do costão e em distância segura. Vale lembrar que a falta de sinalização agrava o perigo, assim como em algumas trilhas. Na Capital, os costões em que geralmente acontecem quedas são nas praias da Joaquina, Brava, Mole e Santinho, assinala Lisboa.

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Respeite a bandeira vermelha

Outro ponto crucial: respeitar a bandeira vermelha. Certamente, quando elas são colocadas é porque há correntes no mar que podem levar o banhista e originar um afogamento fatal.

Na última temporada, os bombeiros comemoraram o fato de não haver nenhuma morte no mar em áreas patrulhadas por guarda-vidas no horário de atuação deles – um caso de exceção aconteceu durante a madrugada.

Este ano, os bombeiros contam com aplicativos em celulares para acompanhar em tempo real serviços como condições do mar, bandeiras, presença de águas vivas e áreas de acessibilidade. As ocorrências são inseridas logo no sistema, o que permite planejamento e avisos.

Cuidado para não perder crianças

Na areia de algumas praias do litoral Norte é comum o ato de bater palmas em sinal de alerta sonoro quando há criança perdida. São momentos de extrema tensão que só terminam no reencontro.

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Pulseirinhas para identificação são distribuídas, embora ainda não haja uma grande campanha nesse sentido.

Em situações de desaparecimentos em praias, shoppings e outros lugares movimentados, policiais percebem certo descuido dos responsáveis. Segundos que podem dar muita dor de cabeça, seja com os pequenos ou mesmo com idosos em situações de Alzheimer, por exemplo.

Telefones de emergência

Se precisar de ajuda, não se intimide em ligar para os telefones de emergência como 190 ou 193.

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