A presença da Polícia Militar em áreas críticas da criminalidade com a Operação Mãos Dadas abre um capítulo esperançoso por um futuro pacífico, em Florianópolis.
Continua depois da publicidade
Nos primeiros dias da ação, que completa uma semana amanhã, não houve confrontos, mortes ou protestos a exemplo de recentes situações.
Mocotó, na área Central, Vila União, Mosquito, Papaquara e Siri no norte da Ilha foram as comunidades escolhidas. É um projeto piloto a partir de critérios técnicos, segundo o comando-geral.
Barricadas
Nesses dias, foram retiradas barricadas das vielas, recolhidos veículos abandonados em vias públicas e várias ruas tiveram limpeza com a ajuda da Comcap.
A presença dos PMs é visível nas entradas e saídas. O coronel Araújo Gomes e o secretário da Segurança Pública, Alceu de Oliveira Pinto Júnior, demonstram empolgação com a prevenção em espaços historicamente palco de crimes graves.
Continua depois da publicidade
Naturalmente, haverá um efeito fulminante para as atividades do tráfico nesses lugares e a população certamente se sentirá mais protegida sem os mandos e desmandos de facções criminosas.
Sem confrontos
Neste contexto, a medida tem um forte valor, pois inibe confrontos e guerras entre grupos criminosos. O Estado também se mostra presente com o policiamento ostensivo e fortalece a aproximação.
Evidentemente, o efeito reverso no tráfico de drogas deverá ser fulminante a ponto de prejudicar a rentabilidade ilícita.
Até quando?
Mas há pontos e dúvidas que, infelizmente, também pairam na cabeça de quem convive com os efeitos da violência:
Continua depois da publicidade
* Até quando a PM conseguirá manter a operação e permanecer nesses locais?
* Como evitar a migração do tráfico de drogas para outras comunidades?
* Quais as garantias que políticas públicas como emprego, saúde, infraestrutura, lazer e ocupação social terão vez nestas áreas?
* Quando pontos críticos do Continente, considerados não menos violentos, receberão ações semelhantes?