Florianópolis amanheceu com 200 policiais civis nas ruas. A operação aconteceu no Morro do Caju, o mesmo local em que a Polícia Militar apreendeu armas e prendeu traficantes e assaltantes, na semana passada.

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A ação da Polícia Civil foi liderada pela Central de Investigações do Continente, mas aconteceu na Ilha, sim, porque o alcance geográfico dos criminosos não tem limites, divisas ou fronteiras. A informação de bastidores é que esta mobilização dos policiais civis estava atrás do armamento apreendido pela PM, que teria se antecipado e agido alguns dias antes.

Foi a primeira grande saída às ruas de policiais civis desde a mudança no comando da instituição e da nova gestão da Secretaria de Segurança Pública. Um fato positivo também foi a presença do próprio secretário Alceu de Oliveira Pinto nos trabalhos e de outras autoridades da cúpula.

Embora eles não saiam em linhas de frente com armas em punho, o gesto transmite confiança, motivação e garante o suporte necessário em tempos difíceis de avanço das facções criminosas e explosão dos homicídios. Sem contar que o momento tem ainda a adversidade em relação aos recursos públicos.

A Polícia Civil reuniu várias delegacias para cumprir os mandados e os relatos são que a Polícia Militar se integrou mais tarde à ofensiva a fim de garantir que não haja possíveis retaliações do crime. E mesmo que a integração entre as polícias não tenha sido desde o começo, o feito já é um bom começo.

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As divisões, os aspectos ideológicos ou as correntes pessoais não devem atrapalhar os frutos e os resultados que a sociedade espera. Também não houve confronto ou baixas, o que deve ser levado em conta para estudo de ações futuras – na semana passada foram três mortes de suspeitos em confronto com PMs, no próprio Morro do Caju, Horácio e Papaquara, na Capital.